Com padrão de vida fora do comum na base, Caio Ribeiro tinha apelido de personagem de desenho infantil

O ex-jogador de futebol e atual comentarista da Rede Globo, Caio Ribeiro teve um vida fora do padrão quando iniciou sua carreira no São Paulo. Diferente dos jogadores da base do clube paulista, Caio tinha uma vida elitizada e até tinha um apelido: ‘Riquinho’.

Nos anos 90, a maioria dos jogadores eram estereotipados como pagodeiros, jogadores bagunceiros. Tanto é que bandas de pagode como Raça Negra, Fundo de Quintal, Molejo eram sucessos dentro da concentração e suas músicas eram hits nos ônibus que levavam os atletas em viagens.

LEIA MAIS

VÍDEO: NA ARGENTINA, TORCIDA INVADE ESTÁDIO E AGRIDE ÁRBITRO

EM ANIVERSÁRIO DO 6 A 1 SOBRE RIVAL, TORCEDORES DO CRUZEIRO ‘TIRAM SARRO’ NAS REDES; VEJA

ENQUETE: MESSI, GRIEZMANN OU CRISTIANO RONALDO, VOTE NO MELHOR JOGADOR DO MUNDO DA FIFA

Caio Ribeiro começou sua carreira na base do São Paulo, no início da década de 90. O jogador era oriundo de uma família com bom nível socioeconômico. Seu pai era médico e dono de um importante laboratório de São Paulo. Devido a isso, Caio tinha uma vida diferente dos colegas de base.

Em entrevista divulgada pela UOL, companheiro de Caio na base, Toninho lembra como era a amizade com o comentarista. O ex-atacante relembra que Nara Ribeiro, dava festas em sua casa, próxima ao Morumbi, e ensinava lições de etiqueta aos outros jogadores. “A tia [Nara] sempre me ensinava como sentar à mesa, como andar, como sair dos lugares, como entrar, como guardar dinheiro, como falar melhor“, diz Toninho.

Em 1995, em reportagem à Placar, Toninho revelou que tinha dado um apelido a Caio Ribeiro. “Riquinho”, em menção ao personagem de desenho infantil muito popular na época. O ex-companheiro de Caio o via como “Craque, rico e bonito”.

Caio Ribeiro se aposentou em 2005, quando largou o esporte para se dedicar a negócios de família. O pai do jogador, o médico Dorival Decoussau, revelou que ainda na base, Caio já sofria com a decisão de seguir carreira futebolística ou uma carreira comum.

“Um dia tivemos uma conversa bastante responsável”, relembra o médico, “na qual ele me perguntava: ‘Pai, o que eu devo fazer?’ Eu não sabia. Vida de jogador é difícil, e ele podia ter seguido outra carreira. Eu perguntava se ele estaria disposto a um dia ter que ir a um time menor, jogar no interior. Aí veio a proposta da Inter de Milão, que financeiramente era indiscutível, e ele aceitou.”

Atualmente, Caio Ribeiro é comentarista titular da Globo e fez curso em Gestão Esportiva ao se aposentar dos gramados. Para o pai, a profissão na televisão não era esperada por Caio. “Ele nunca se preparou propriamente para isso, mas como se comunica muito bem, começou a adorar a profissão”.