Home Futebol Dunga expõe desavença com ex-técnico da seleção brasileira: “Não olhou na minha cara”

Dunga expõe desavença com ex-técnico da seleção brasileira: “Não olhou na minha cara”

O Capitão do Tetra teve dificuldades no final de sua carreira como jogador, mesmo disputando três Copas do Mundo

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.
Dunga, Capitão do Tetra (Reprodução/SporTV)

Dunga, Capitão do Tetra (Reprodução/SporTV)

Dunga é um dos símbolos da história da seleção brasileira. Depois de ser duramente criticado na derrota em 1990, ergueu a taça do tetracampeonato em 1994 e ainda foi vice em 1998.

Logo após a frustração na Copa do Mundo da França, resolveu voltar para o clube de coração onde iniciou sua trajetória no futebol. Em 1999, assinou com o Internacional.

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Porém, teve uma temporada de altos e baixos no Beira-Rio, em que perdeu a condição de titular absoluto.

Ao recordar da histórica goleada sofrida para o Juventude por 4 a 0 em pleno Beira-Rio na semifinal da Copa do Brasil, Dunga resumiu, no documentário Brasil vs Dunga – Futebol em Pé de Guerra: “Caiu o mundo”.

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Leão barrou Dunga no Internacional

Assim, recordou quando Emerson Leão assumiu o Internacional na reta final do Brasileirão de 1999, com o Colorado ameaçado de rebaixamento. O técnico, que dirigiria a seleção brasileira a partir do ano seguinte, decidiu tirar o Capitão do Tetra do time.

“Esse treinador quando chegou aqui, a primeira coisa que ele falou pra mim, não me viu, olhou na minha cara e falou: ‘Os caras falam que tu não tá bem fisicamente. E pelo teu nome ou tu joga ou tu fica em casa. E nesse momento tu vai ficar em casa’. Tudo bem”, relatou Dunga, sem mencionar o nome de Leão.

O camisa 8 ficou de fora dos jogos seguintes do Internacional sob o comando do ex-goleiro. Em reportagens da época, Dunga protestou diante do estilo autoritário do treinador, acusando Leão de não ter diálogo.

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A volta de Dunga ao time colorado aconteceria restando três rodadas para o término da competição.

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“O Inter não pode cair, aí fizeram uma reunião. Os caras falaram: ‘Se nós cairmos sem o Dunga, vai sobrar pra nós. Se a gente cair com o Dunga, vamos repartir a responsabilidade”, contou.

O gol salvador contra o Palmeiras no Beira-Rio na última rodada, que livrou o Internacional da queda em 1999, seria marcado de cabeça pelo próprio Dunga. “O homem lá de cima, os anjos ajudam. Quem faz o gol pra salvar o Inter?”, brincou.

Justificativa de Leão

Em entrevista recente para o jornalista Duda Garbi, Emerson Leão alegou uma limitação física de Dunga, o que fez o ex-goleiro tomar a decisão polêmica de barrar o camisa 8 assim que desembarcou em Porto Alegre.

“Ele jogava mais com a inteligência do que com o vigor físico, já. E eu tinha um jogador meio escurinho, jogava no meio de campo junto com ele, o Claiton. Tinha um problema na vista. Ele com um olho só jogava bem. Comigo ele jogou maravilhosamente bem, eu falei: ‘Você corre por ele'”, declarou Leão.

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Ao repercutir o gol da vitória de Dunga que salvou o Internacional da queda para a segunda divisão em 1999, Emerson Leão foi categórico: “O gol salvou, mas quem salvaram foram todos”.

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