Dedé viveu uma fase extraordinária pelo Vasco. Ganhando status de ‘Mito’ pelo desempenho avassalador na defesa, o antigo dono da camisa 26 do Cruz-Maltino foi surpreendido fora de campo. Isso porque os torcedores, em votação promovida pelo SBT, emplacaram o ídolo na lista de 100 maiores brasileiros de todos os tempos. Neste cenário, o comportamento inesperado trouxe uma grande surpresa.
“Os vascaínos são tão malucos que, por causa deles, eu fui escolhido o 63º maior brasileiro de todos os tempos, na frente do Tom Jobim, do Lampião e do Chacrinha, imagina! Kkkk…”, relatou Dedé, em carta do The Players Tribune.
“Era um programa do SBT em que as pessoas votavam. Eu estava voando naquele ano de 2012 e a torcida do Vasco votou em massa em mim. Eu sei que não passava de uma brincadeira, mas o reconhecimento do meu trabalho significou demais.”, acrescentou.
Motivação atuando pelo Vasco
Contratado como uma aposta, Dedé foi importante durante o último período de brilho do Vasco no futebol brasileiro. Sem ficar acomodado com o sucesso, o ex-zagueiro acredita que o esforço em campo motivou a identificação envolvendo os torcedores.
“Os quatro anos que eu passei no Vasco foram maravilhosos. A torcida é um negócio que me emociona até hoje, só de lembrar. Eles sempre reconheceram o meu empenho e acho que me viam como um deles dentro de campo.”
“Um trabalhador como tantos outros que se doava pelo time, só que, em vez de estar gritando na arquibancada, eu estava correndo no gramado.”, recordou.
Saída de Dedé do Vasco
Feliz no Vasco, Dedé precisou deixar o clube. Diante dos problemas financeiros em São Januário, a oferta do Cruzeiro foi aceita para que os funcionários do Cruz-Maltino recebessem os pagamentos atrasados, algo crucial para a decisão de jogar no time celeste.
“Eu amava estar em São Januário. Nunca me passou pela cabeça sair. Eu achava sinceramente — e desejava — que ia ficar lá até morrer.”
“Um funcionário do clube veio falar comigo. Ele me agradeceu por ter aceitado a proposta do Cruzeiro, que com isso o Vasco acertaria os cinco meses atrasados dos vencimentos dele e assim ele evitaria o despejo da casa onde morava de aluguel com a família.”, contou.