Eddie Jordan, um dos mais importantes chefes de equipe da F1, revelou que está travando uma batalha contra o câncer de próstata.
“Entre março e abril, descobri um câncer de próstata que se irradiou para a pélvis e coluna. Tem sido tempos difíceis”, revelou o ex-chefe de equipe, que levava seu nome, ao podcast Formula For Success. A atração é comandada pelo ex-piloto David Coulthard.
Em outro trecho da entrevista, Jordan contou que tem refletido muito, durante o tratamento da doença.
“Não deixe para trás (o diagnostico). A vida dá outras chances. Se seguir, o conselho do médico, podemos estender nosso tempo para uma vida melhor”, continuou o irlandês que está com 76 anos. Ele finaliza:
“Não seja estupido e tímido. Vamos olhar para o nosso corpo”, concluí.
Jordan teve time de F1 em 14 temporadas
O fato é que Eddie fez parte do “circo” da categoria por 14 temporadas do mundial (de 1991 a 2005). Foi lá que o brasileiro Rubens Barrichello e Michael Schumacher deram seus primeiros passos na categoria.
Além disso, entre o fim da década de 90 e inicio dos anos 2000, a equipe chegou a disputar o título de pilotos com nomes como o do campeão mundial Damon Hill. Em números gerais, a escuderia esteve presente em 250 GPs e marcou 291 pontos. Sua melhor colocação foi o terceiro lugar do alemão Heinz-Herald-Fretzen na tabela de pilotos de 1999.
Depois de encerrar as atividades do seu time, Eddie Jordan começou a fazer comentário nas transmissões da Fórmula 1 para a BBC e Canal 4.
“Jordan sempre foi uma das melhores figuras da F-1. Divertido, engraçado e querido por todos. E, claro, entrou para a história por ter dado a primeira chance na categoria ao maior de todos, Michael Schumacher. E tem uma proximidade com o Brasil. Foi na Jordan que Barrichello estreou. É um grande sujeito.”, comenta o jornalista Flávio Gomes ao Torcedores.com.
Câncer afeta cerca de 71 mil homens no País
Segundo números do Instituto Nacional do Câncer do Brasil, estimam-se 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina acima dos 60 anos.
Ainda de acordo com a autarquia do Ministério da Saúde, os exames utilizados para a investigação diagnóstica do câncer de próstata são o PSA e o toque retal. O exame de PSA tem a finalidade de medir no sangue o antígeno prostático específico, que é uma proteína produzida pela próstata e está disponível na corrente sanguínea e no sêmen.
Níveis alterados dessa proteína podem indicar alterações na próstata. O toque retal possui a finalidade de avaliar o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata. Destaca-se que esses exames são recomendados para a investigação, mediante suspeita de câncer de próstata.