O ídolo Rivellino viu com perplexidade as mudanças nos bancos de reservas do Brasileirão Betano 2024, que terminou neste último domingo (8). Com a impressionante marca de 23 trocas de técnicos, o ex-jogador fez um alerta sobre a instabilidade nos clubes.
Mesmo o campeão Botafogo, que manteve Arthur Jorge, pode não escapar dessa tendência, o que reforça a análise crítica sobre o cenário
Durante o programa “Cartão Verde”, na TV Cultura, o comentarista destacou como “absurda” a possibilidade de saída do treinador que é o atual campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores: “Estão falando esse absurdo que é capaz que o Arthur Jorge não fique no Botafogo”, criticou Rivellino.
Incertezas no Botafogo
Na verdade, o próprio técnico botafoguense deixou no ar a possibilidade de não seguir no comando do clube em entrevista logo após a eliminação do clube na Copa Intercontinental, ontem (11), derrotado pelo Pachuca-MEX, por 3 a 0.
Questionado se continuaria no Fogão em 2025, o português não confirmou a permanência: “Vamos, primeiro, tentar digerir tudo isso. Volto a dizer, tivemos uma temporada extraordinária, de grande sucesso. Nesta altura é importante discernirmos as emoções, para depois, racionalmente, tomar as decisões”, disse Arthur Jorge.
Arthur recebeu propostas
Apesar do espanto relatado por Rivellino sobre a chance de Arthur Jorge não seguir no comando do Botafogo, algumas situações explicam a possibilidade de saída, apesar de ter contrato até dezembro de 2025.
O treinador tem recebido sondagens de clubes tanto do exterior quanto do Brasil (o Atlético-MG seria um deles), dispostos a pagar a multa rescisória, que é de 2 milhões de euros (R$ 12,5 milhões na cotação atual).
Outro fator que se destaca é a saudade da família. Há oito meses no Brasil, Arthur não trouxe sua família inicialmente para o Brasil.
O treinador tem três filhos: Artur Jorge – jogador de futebol do Farense, em Portugal, que tem o mesmo nome do pai -, Bárbara e Maria. Todos eles seguem vivendo em Portugal.
Trocas de técnicos no Brasileirão 2024
O Campeonato Brasileiro se encerrou com a marca de 23 treinadores demitidos ou que pediram demissão desde que a competição se iniciou.
- Atlético-GO: Jair Ventura, Vagner Mancini e Umberto Louzer
- Atlético-MG: Gabriel Milito
- Athletico-PR: Cuca, Martín Varini e Lucho González
- Corinthians: António Oliveira
- Criciúma: Cláudio Tencati
- Cruzeiro: Fernando Seabra
- Cuiabá: Petit
- Flamengo: Tite
- Fluminense: Fernando Diniz
- Grêmio: Renato Gaúcho
- Juventude: Roger Machado e Jair Ventura
- Internacional: Eduardo Coudet
- Red Bull Bragantino: Pedro Caixinha
- São Paulo: Thiago Carpini
- Vasco: Ramón Díaz, Álvaro Pacheco e Rafael Paiva
- Vitória: Léo Condé