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O técnico Artur Jorge, do Botafogo, à direita, e Junior Santos comemoram depois de vencer a final da Copa Libertadores contra o Atlético-MG do Brasil, no estádio Monumental, em Buenos Aires, Argentina, sábado, 30 de novembro de 2024. (AP/Gustavo Garello)
No sábado (30), o Botafogo superou o Atlético-MG pelo placar de 3 x 1 e sagrou-se campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez em sua história.
A decisão, realizada em jogo único desde a edição de 2019, foi disputada neste ano no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina, a casa do River Plate.
Os gols foram marcados por Luiz Henrique, Alex Telles e Junior Santos a favor do campeão, o Glorioso, enquanto Eduardo Vargas descontou para o Galo.
Vitória épica do Botafogo
A conquista histórica e inédita do Botafogo começou com “ares de crueldade”.
Logo aos 30 segundos de jogo, o volante Gregore cometeu falta violenta na disputa da bola ao levantar demais o pé e acertar a cabeça do atleticano Fausto Vera, que culminou com sua expulsão de campo, a mais rápida da história da Copa Libertadores da América.
Quando muitos imaginavam que o cartão vermelho poderia teoricamente favorecer o Atlético-MG, o time carioca mostrou efetivamente que estava predestinado a conquistar o título, demonstrando, na prática, uma eficiente organização tática dentro de campo.
Mesmo com um jogador a menos em praticamente todo o jogo, a equipe treinada pelo português Artur Jorge teve amplo domínio, encurralou o adversário e terminou o primeiro tempo vencendo pelo placar de 2 x 0.
No início da etapa final, Eduardo Vargas diminuiu para o Galo, mas o gol foi insuficiente para uma reação e, aos 51 minutos, o atacante Junior Santos fez um bonito gol e selou o primeiro título da Copa Libertadores para o Botafogo.
Junior Santos revela inspiração em Neymar e cobra reconhecimento
Artilheiro da Copa Libertadores de 2024 com dez gols assinalados, o atacante Junior Santos também foi o autor do primeiro tento do Glorioso na competição, ao balançar as redes contra o Aurora, em Cochabamba, na Bolívia, em fevereiro passado.
Na decisão histórica diante do Atlético-MG, o jogador de 30 anos, nascido na cidade de Conceição de Jacuípe, na Bahia, também marcou o último tento do time da Estrela Solitária, selando a maior conquista da centenária trajetória do clube de General Severiano.
Recuperado de contusão na tíbia na reta final da atual temporada, Junior Santos revelou em entrevista depois da final da Libertadores que se “inspirou” em Neymar para marcar o gol do título.
“Eu ensaiei o primeiro lance. Eu consigo puxar de letra, aquela puxadinha dos vídeos do Neymar, que fiquei assistindo antes da partida, acho que peguei 1% da genialidade dele (…) Eu toco a bola, o zagueiro corta. A bola fica ali, eu dou carrinho, me jogo, é de cabeça, de alma, de nariz. Tinha que fazer esse gol”, disse o atacante campeão da Libertadores pelo Botafogo.
O atleta também aproveitou a oportunidade para cobrar maior reconhecimento pela sua importância no desempenho positivo da equipe alvinegra durante a temporada: “Sou um grande jogador”.
“Percebo muitas vezes nas entrevistas que tem gente que não gosta, prefere não comentar sobre mim. Sou um grande jogador, mas acho que não sou visto como deveria em algum momentos. Mas tenho a essência do futebol brasileiro, da favela, dos campos de terra, da imaginação, do sonho”, desabafou Junior Santos.
