Equipes da Série A que criaram empresas para gerir seus departamentos de futebol tem vivido momentos dos dois lados da tabela
Desde 2021, com sua criação e aprovação, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem sido de grande apelo entre os times do Brasileirão Betano e de outras divisões, com várias equipes aderindo ou possivelmente desejando criar as suas para que investidores coloquem dinheiro e façam a gestão do futebol
Dentro da Série A 2024, oito dos 20 times que jogam a competição aderiram a criar tal artifício para conseguir investimentos em seu futebol para seguirem competitivos. E tem tido destinos bastante diferentes dentro da tabela de classificação do torneio, segundo o colocado pelo Estadão em levantamento.
SAF disputa título…
Dos três principais candidatos ao título brasileiro, dois (Botafogo e Fortaleza) aderiram à onda da SAF. O Glorioso, que tem seu futebol gerido por John Textor, tem colhido frutos nas duas últimas temporadas, brigando pelo Brasileirão em ambas e também chegando à final da Libertadores de 2024, turbinado pelos altos investimentos em jogadores.
O Laion também é virou clube-empresa, mas tem uma forma diferente de gestão. O Tricolor do Pici é dono da empresa gestora em sua totalidade e, apesar de ter potencialmente a possibilidade de vender parte de suas ações, a intenção é de que o controle acionário siga nas mãos do clube, conforme o modelo adotado pelo Bayern de Munique
… e para não cair
Também são dois clubes que viraram SAF que estão na parte de baixo da tabela do Brasileirão, estes sendo Red Bull Bragantino e Cuiabá. Os paulistas, que viraram empresa antes da lei ser implementada (o são por outro formato) foram adquiridos pela companhia de energéticos austríaca em 2019 e, apesar de estarem brigando nesta temporada para não cair, tiveram bons momentos desde a sua aquisição pela multinacional, chegando a brigar na parte de cima da tabela e ao vice da Sul-Americana.
O Cuiabá também já era dirigido como empresa e virou SAF de vez assim com a sanção da lei. Controlado em sua totalidade por Cristiano Dresch, dono da empresa Drebor, do ramo da borracha, o Dourado ganhou destaque nacional com seus investimentos, chegando a disputar a Copa Sul-Americana.
E as outras SAFs
A briga pela vaga na Libertadores envolve dois times que são controlados por gestores externos. O Cruzeiro, que já foi de Ronaldo Fenômeno e hoje tem sua SAF ligada a Pedro Lourenço e o Bahia, comandado pelo Grupo City, de Abu Dhabi, disputam a última vaga direta à disposição no momento.
O Atlético-MG, que virou clube-empresa recentemente, esta com 75% a uma holding que tem como comandantes o grupo conhecido por ‘4Rs’, empresários torcedores do clube que tem feito fortes investimentos em contratações, também briga pela vaga. Mas pode a conquistar se vencer o Botafogo na final da competição sul-americana.
O caso do Vasco é, de certa forma, diferente. O clube vendeu o controle de seu futebol para a 777 Partners, mas uma série de problemas com a parceira forçaram o time carioca a ir à Justiça para retormar o controle da SAF, a qual espera negociar novamente.