Comentarista fez questão de valorizar personalidade de jogador que deve seguir evoluindo nos próximos anos
Denílson não esconde que está impressionado com o desempenho de Vitor Reis no Palmeiras. Lançado em uma situação de “fogueira”, o zagueiro de 18 anos não sentiu a pressão em jogos complicados, motivo pelo qual Abel Ferreira ganhou uma opção importante no elenco. Neste contexto, a personalidade do camisa 44, alvo do Real Madrid, foi elogiada pelo pentacampeão do mundo.
“Esse moleque aí, eu vou falar para você… parte da imprensa diz que esse momento defensivo é o pior da ‘era Abel’. Mesmo assim, esse menino está fazendo a diferença. Isso mostra a personalidade do moleque.”, disse o comentarista do Jogo Aberto, no Podcast Denílson Show.
Levando em conta a reta final do Brasileirão, Denílson não vê margem para testes de jovens da base no Palmeiras. Em contrapartida, como o Botafogo possui uma vantagem no topo da tabela, o ex-jogador avalia que o Glorioso, caso seja necessário, pode se dar ao luxo de utilizar nomes menos experientes.
“Tem uma questão de colocar o jogador no profissional. Esse momento de reta final (de campeonato) que o Palmeiras está vivendo não é o momento de colocar alguém para jogar. O Botafogo é o momento de colocar um menino mais jovem.”, afirmou.
Denílson explica ausência de artilheiros no Brasileirão
Diferentemente do passado, Denílson ressaltou a escassez de grandes goleadores em atividade no Brasileirão. Porém, como os pontas ganharam mais liberdade no setor ofensivo, o comentarista considera que a divisão de responsabilidade está influenciando o atual cenário. Como consequência, Estêvão, protagonista do Palmeiras, mesmo sem ocupar o posto de centroavante, é o atual artilheiro do campeonato.
“Tem um número baixo de gols dos atacantes, especificamente do (camisa) 9. O Luizão, Edmundo, Túlio, Dodô, França… eram 25 gols pra cima. Minha maior obrigação era ir para o fundo e achar o cara dentro da área, ou pisar na área e ser um segundo/terceiro atacante. Meu forte nunca foi fazer gol. Tem a ver com a posição que eu jogava de ponta esquerda.”, recordou.
“Hoje, por ser invertido, o cara vai pra dentro do campo e fica com mais ângulo. Tem a opção de finalizar. Especificamente, o número dos atacantes que são ‘9’ é por causa dessa (mudança). O Estêvão tem 11 gols (na época da entrevista), e não é camisa 9.”, concluiu.