Emerson Leão foi entrevistado no podcast Futebol é Minha Vida do canal Histórias do Futebol no YouTube. Durante o papo, o ex-técnico da seleção brasileira foi perguntado por Milton Neves sobre sua relação conturbada com Taffarel.
Na oportunidade, Leão dirigiu o consagrado goleiro no Atlético-MG em 1997 e o colocou na reserva em várias partidas. Então, alegou que Taffarel se atrasou no retorno ao Galo depois de defender o escrete canarinho.
“Ele não voltou quando era pra voltar. Aí eu fui pro presidente. ‘Presidente, por acaso o senhor deu uma folga a mais por mérito do Taffarel?’. [Resposta] ‘Não dei não, ele tinha que ter chegado'”, reproduziu, complementando que já tinha escalado outro goleiro para o lugar do tetracampeão.
O camisa 1 em questão era Paulo César Borges, ex-Cruzeiro e Flamengo, embora Leão tenha se negado a citar seu nome durante a entrevista.
Leão revela: “Taffarel ficou revoltado”
Leão contou que Taffarel chegou fora de forma e pediu ao treinador de goleiros do Atlético-MG para que trabalhasse bastante com o então titular da seleção brasileira, garantindo que futuramente retomaria a posição no clube mineiro.
“Ele começou a ficar meio revoltado. Problema dele, fala o que quiser”, cutucou Leão. Porém, Paulo César Borges sentiu uma dor na virilha um pouco antes da final da Copa Conmebol de 1997 contra o Lanús, pedindo para não jogar.
Leão contou que Taffarel não estava relacionado para a decisão e mandou um funcionário do clube buscá-lo em sua casa para levá-lo para o estádio.
O Galo seria campeão na decisão tumultuada diante dos argentinos, marcada por uma batalha campal entre os atletas no jogo de ida em Lanús.
Apesar das desavenças, Emerson Leão reconheceu o talento de Taffarel. “Lógico que ele era um grande goleiro, porque jogou na seleção brasileira”, declarou.
Porém, não perdeu a oportunidade de fazer uma brincadeira com o vitorioso camisa 1, quando o jornalista Alexandre Praetzel lembrou que Taffarel sempre fazia as defesas ‘agarrando’ a bola ao invés de dar soco ou manchete.
“Quem ensinou o Taffarel a jogar foi o Galvão Bueno, porque ele falava: ‘Vai que é sua Taffarel’. Aí ele segurava a bola”, divertiu-se Leão.