Zico vê Pelé ocupando o status de figura única no futebol. Além de eleger o eterno camisa 10 da seleção como o maior jogador da história, o Galinho fez questão de exaltar o legado extracampo construído ao longo dos anos. Neste cenário, incluído ao lado de outras duas “marcas” históricas conhecidas em todo o planeta, o Atleta do Século também foi enaltecido por levar a imagem do Brasil para o exterior.
“Diziam que a marca dele só perdia para o Papa e para a Coca-Cola. Mas ficou ali juntinho. Eram as três maiores marcas do mundo. Onde você ia, tinha gente que só sabia que o Brasil existia por causa do Pelé.”, disse Zico, em entrevista ao Aloha Podcast.
“Ele parou uma guerra na África. Ia ter um jogo do Santos, pararam a guerra, jogaram e depois a guerra voltou. Que moral.”, acrescentou.
Na sequência, Zico trouxe uma recordação envolvendo o alvoroço causado pela presença de Pelé na França. Idolatrado ao redor do mundo, o Rei do Futebol foi elogiado pela postura humilde de tratar todos de forma igual.
“Eu presenciei uma situação em Paris que nós estávamos em um evento. Fomos para um restaurante e descobriram que ele estava lá. Tinham mais de mil pessoas do lado de fora. Na saída, tiveram que chamar segurança para ele sair. Eu vi isso, ninguém me contou. Ele era um negócio impressionante. Falava e brincava com todo mundo.”, relatou.
Zico sinaliza privilégio de acompanhar Pelé
Antes de virar o maior ídolo do Flamengo, Zico costumava assistir Pelé no Maracanã. Diante da ausência de imagens captadas na época, o Galinho destacou que grande parte dos feitos em campo se encontram apenas nas lembranças dos torcedores.
“Ele foi referência para muita gente. Quando ele vinha jogar no Maracanã, eu ia assistir. Mas não era essa coisa de televisão como é hoje. Só podia ver o Pelé ao vivo. Não tinha essa visibilidade. Não tinha muita coisa dele na minha época de garoto.”, contou.