Piloto britânico foi punido por ganhar vantagem fora da pista, reacendendo discussões sobre as regras de ultrapassagem na Fórmula 1
Lando Norris teve um final de semana para ser esquecido, depois de perder o pódio no Grande Prêmio dos Estados Unidos após sair na pole position. O piloto da McLaren foi punido por uma ultrapassagem polêmica sobre Max Verstappen, da Red Bull, que levantou questionamentos sobre os critérios de penalização na F1.
Essa situação gerou mais uma controvérsia entre os fãs e especialistas da Fórmula 1, que já questionam há tempos a consistência das regras de condução da categoria. O incidente ocorreu durante uma intensa batalha pela terceira posição na volta 52, na curva 12, dividindo opiniões sobre o que é permitido dentro dos padrões de direção.
Segundo os comissários da corrida, Norris não conquistou o direito de fazer a curva ao ultrapassar o holandês. Ele foi considerado culpado por ter saído da pista, ganhando uma vantagem indevida ao retornar à frente de Verstappen. A punição de cinco segundos acabou com as chances do jovem piloto de alcançar o pódio no Circuito das Américas.
Motivos que levaram à punição de Norris
A penalidade a Lando foi aplicada com base nas Diretrizes de Padrões de Condução, documento da FIA que rege as condições para que os pilotos possam ultrapassar de forma segura e dentro das regras.
No caso do piloto da McLaren, os comissários avaliaram que ele não estava nivelado com o astro da RedBull no ápice da curva, violando uma das principais condições para que o piloto que tenta ultrapassar por fora tenha direito à curva. Assim, ao deixar a pista e voltar à frente, ele foi considerado beneficiado indevidamente.
Ainda que Verstappen também tenha saído da pista ao defender sua posição, os comissários não julgaram isso suficiente para isentar Norris da infração. Contudo, a proximidade entre os dois carros e o fato de o holandês também ter ultrapassado os limites da pista foram fatores que influenciaram a escolha de uma punição menos severa, de cinco segundos, em vez dos tradicionais dez segundos aplicados nesse tipo de situação.
Um cenário de difícil julgamento
As Diretrizes de Padrões de Condução, embora sejam claras em muitos aspectos, deixam espaço para interpretação, algo que ficou evidente no incidente entre os dois pilotos, no último final de semana. Ao avaliar a situação, os comissários levaram em consideração que o piloto britânico tentou a manobra por fora, o que é sempre mais desafiador, mas, segundo eles, Lando não estava à frente o suficiente no momento crítico da curva.
Além disso, as diretrizes indicam que a manobra precisa ser conduzida de forma segura e dentro dos limites da pista. Embora a tentativa de Norris tenha sido audaciosa, ela não cumpriu todos os critérios exigidos. Apesar disso, a complexidade da curva 12 e o comportamento de Verstappen na defesa da posição trouxeram pontos que dificultam um julgamento absoluto.
Questões abertas sobre as regras da F1
Esse incidente levantou novamente o debate sobre a clareza e a consistência das regras da F1. Muitos pilotos já expressaram frustração com a dificuldade em compreender o que é permitido ou não em disputas acirradas como essa.
As Diretrizes de Padrões de Condução foram criadas justamente para dar maior transparência e consistência às decisões dos comissários, mas a corrida dinâmica e as inúmeras variáveis em jogo nem sempre permitem que os casos sejam resolvidos de maneira unânime.
O episódio no GP dos EUA reflete bem a complexidade de se aplicar regras rígidas a uma modalidade cheia de nuances. No final, cabe aos comissários decidir caso a caso, com base em sua interpretação do que aconteceu na pista, mas a controvérsia sobre o incidente entre Norris e Verstappen continuará a ser um tema de discussão entre fãs e especialistas.
Próximos GPs da F1
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