Zico sinalizou uma das grandes responsabilidades de Filipe Luís no Flamengo. Para evitar problemas no atual trabalho, o maior ídolo do clube vê a necessidade de coragem em decisões no comando da equipe. Apesar do apoio dos auxiliares, o Galinho fez questão de destacar a obrigação da palavra final atrelada ao treinador.
“Se o treinador não tiver essa responsabilidade da escolha, acabou! Não vai ser treinador. Tem que ter coragem e responsabilidade. Isso faz parte da minha palestra sobre liderança. Tem que saber ouvir, jogar pelo coletivo e o último é a responsabilidade do técnico, que não pode abrir mão da decisão final.”, disse Zico, em entrevista ao canal do jornalista Igor Rodrigues, no YouTube.
“É a cabeça dele que vai (decidir). Não é o auxiliar, o preparador físico… é a dele! Você pode ouvir tudo, mas você tem que ter a decisão final. Vai pelo coração, tá mandando, faz! A cabeça é a dele.”, acrescentou.
Antes do convite para assumir o Flamengo, Filipe Luís externou que estava pronto para o desafio. Valorizando o estilo do ex-lateral Zico acredita que a experiência dentro de campo aliado ao preparo nos bastidores deve resultar em bons resultados.
“Um ano e meio atrás eu conversei com ele no vestiário e ele falou que estava totalmente preparado para ser técnico. Ele queria e se preparou. Trabalhou com caras fantásticos. É um cara justo, brigava pelo time em campo, se tivesse que discutir, ele discutia. É um cara correto e profissional ao extremo. É uma escolha, tem 30, ele tem que escolher 11.”, afirmou.
Zico aponta impacto pela chegada de Filipe Luís no Flamengo
Antes de Filipe Luís, Paulo César Carpegiani viveu uma experiência praticamente igual no Flamengo. Recordando que o grupo aumentou o grau de esforço para ajudar o antigo companheiro de equipe, Zico vê o mesmo cenário ocorrendo após a saída de Tite.
“O ambiente muda. Você vai treinar de outra maneira pela forma de conduzir. O Carpegiani jogava com a gente, passou para auxiliar e ele chegou (de técnico). Ele jogava baralho com a gente: ‘Não vem querer proibir. Não chega nem perto desse quarto, você tá do outro lado’. Se tem um cara do nosso grupo, vai se tentar fazer mais por ele. Não que não fizessem pelo outro, mas tem uma motivação maior pela proximidade.”, relatou.
“Tem (o DNA) porque (Filipe Luís) é torcedor desde pequeno. Tem identificação. Isso tem um papel importantíssimo.”, concluiu.