Tostão fez uma breve análise sobre vitória da Seleção Brasileira por 2 a 1, sobre o Chile, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. Em coluna publicada na Folha de S.Paulo, neste sábado (12), o tricampeão do mundo não viu grandes mudanças do ponto de vista técnico e tático, mas valorizou o resultado que era o mais importante tendo em vista a posição na tabela.
“Foi uma seleção comum, aceitável, pois precisava vencer, parecida com tantas outras seleções espalhadas pelo mundo. Não foi a seleção brasileira. Não foi boa nem ruim, nem rápida nem lenta, nem vibrante nem acomodada, nem criativa nem burocrática, nem racional nem romântica”, iniciou Tostão.
Em sua avaliação, o Brasil sente a necessidade de um jogador especial no meio-campo, um atleta com capacidade elevada. Além de uma aproximação maior entre os setores e pressão na saída de bola adversária.
“Faltou à seleção brasileira, como é habitual, um craque no meio-campo, marcação por pressão para recuperar mais a bola no campo adversário, mais domínio, mais compactação. Havia muitos espaços no meio-campo, pouca aproximação dos jogadores no setor”, alertou Tostão.
Se falta um camisa 10 para a seleção brasileira, sobram pontas. Savinho e Luiz Henrique ganharam destaque do ex-jogador, mas lembra que futuramente poderão ser dominados por rivais de maior hierarquia.
“O Brasil está virando um país de pontas dribladores. Porém o time não pode criar dependência dos pontas, que serão muito bem marcados por adversários mais fortes”, avisa.
Tostão manda recado para Igor Jesus na seleção brasileira
Autor do primeiro gol do Brasil sobre o Chile, Igor Jesus ganhou elogios de Tostão, mas também alguns conselhos para cada vez mais se tornar um camisa 9 completo.
“Para se tornar um centroavante regular e de destaque na seleção, terá de participar mais do jogo, dificultado pela pouca troca de passes pelo centro”, concluiu.