Home Futebol Zetti coloca três goleiros do Brasil no mesmo patamar de Neuer

Zetti coloca três goleiros do Brasil no mesmo patamar de Neuer

Ídolo do São Paulo também ressaltou preocupação no processo de formação de jovens arqueiros

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Manuel Neuer, goleiro do Bayern de Munique (Divulgação - Bayern de Munique)

Zetti avalia que os goleiros brasileiros não precisam copiar o estilo europeu. Dono de uma grande experiência no futebol, o ex-jogador, atualmente é o coordenador da Escola de Goleiros do São Paulo, motivo pelo qual os jovens estão aprendendo técnicas com uma das referências da posição no país.

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Convicto do ponto de vista, Zetti avalia que Alisson, Ederson e Taffarel estão no mesmo nível de Neuer, Courtois e Ter Stegen. Embora o goleiro do Bayern de Munique tenha um grande reconhecimento pela participação ativa com a bola nos pés, o critério não fez o alemão ser colocado acima dos brasileiros.

“Eu não deixo meus goleiros tentarem copiar o que acontece na Inglaterra. Tem (diferença) porque os goleiros, ingleses e alemães são muito bons. Desde o Petr Cech, o Neuer, Ter Stegen, Courtois… são fantásticos.”, disse Zetti, em entrevista ao FerRô Cast.

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“A visão que a gente tem é que eles sabem resolver o problema, eles trabalham muito a agilidade e poder de reação. Mas o goleiro brasileiro pode fazer tudo isso, e faz. O Alisson foi o melhor do mundo fazendo isso e algo mais. O Ederson é a mesma coisa. O Taffarel nem se fala.”, acrescentou.

Em relação ao futebol atual, Zetti acredita que os goleiros precisam “criar problema” para os atacantes. Durante os treinos no São Paulo, o tetracampeão do mundo aconselha que os jovens sejam corajosos e não apenas se posicionem torcendo para que a bola atinja uma parte do corpo.

“Eles (goleiros do passado) resolviam os problemas e criam problemas para o adversário. Essa é a grande diferença que o goleiro brasileiro precisa fazer. O que é criar (problema)? Tem que segurar a bola, ir de frente com as mãos.”

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“O goleiro para na frente do atacante, abre os braços e as pernas e espera o chute. Se a bola bate nele, os caras falam: ‘Nossa, que defesa’. O que eu quero resgatar é que o goleiro vá com as mãos e com o olho aberto. O goleiro vira o rosto para não tomar uma bolada na cara, abre os braços e seja o que Deus quiser.”, analisou.

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Zetti destaca responsabilidade em trabalho no São Paulo

Antes de assumir o cargo no SPFC, Zetti quis estudar os goleiros do Tricolor. Levando em conta que, no futuro, os atletas formados podem marcar presença na seleção brasileira, existe uma preocupação em trazer o máximo de ensinamentos antes da estreia no futebol profissional.

“Eu estudei um monte de coisa da Fifa e da Conmebol. Eu estudei goleiros do São Paulo… a gente vem do Waldir Peres, depois veio o Gilmar Rinaldi, Zetti, Rogério Ceni… a gente tentou entender o que eles goleiros têm de melhor e porque eles chegaram à seleção brasileira pelo São Paulo.

“Mas nenhum desses goleiros foram formados no São Paulo. Essa é a grande responsabilidade que eu tenho: entregar goleiros da base com qualidade para o São Paulo e para a seleção brasileira.”, relatou.

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