Paulo Nunes indica jogador como ponto fraco da seleção brasileira: “Muito pouco” 

Paulo Nunes avalia que Danilo está devendo à serviço da seleção. Apesar do estilo totalmente defensivo, o camisa 2 falhou contra o Chile e, como era esperado, não conseguiu fornecer o suporte necessário do lado direito do ataque. Neste cenário, o ex-jogador destacou o modo que o Chile soube explorar os erros do capitão do Brasil.

“Eu acho muito pouco para um lateral da seleção brasileira passar uma ou duas vezes (ao ataque) no máximo. No segundo tempo, as alternativas da seleção chilena foram do lado dele. Ele não conseguiu marcar. É um jogador que não passa do meio-campo, é bem posicionado, mas marcou muito mal, tomando bolas nas costas.”, disse Paulo Nunes, no Troca de Passes, do SporTV.

Adotando um tom mais duro, Lédio Carmona vê a necessidade de uma troca na seleção. Embora valorize o status de Danilo dentro do grupo, o jornalista considera que o desempenho contra o Chile mostrou a obrigação de outro lateral-direito assumir a vaga entre os titulares.

“Eu acho que um lateral defensivo não pode errar defensivamente. O Brasil pode ter o Danilo no grupo, até pela liderança, mas tem que pensar em alternativas para a lateral-direita. Ele não está bem. Ele é um líder, um jogador inteligente, mas o jogo dele foi muito abaixo.”, sinalizou.

Sem o apoio de Danilo no lado direito, Paulo Nunes ressaltou a maneira que Savinho e Luiz Henrique ficam mais presos na marcação. Aproveitando duas brechas na defesa, os atacantes foram cruciais para a vitória da seleção e, em breve, podem contar com o suporte de um lateral mais ofensivo.

“O cara que joga do lado direito, primeiro o Savinho e depois o Luiz Henrique, tem que ajustar o drible para dentro porque ele não passa, e sempre é marcado por dois. No gol do Luiz Henrique, o Bruno Guimarães dá o passe e faz o ataque ao espaço. Isso tira o marcador do Luiz Henrique e deixa o espaço para um jogador de muita qualidade.”, analisou.

Paulo Nunes admite incômodo com a seleção brasileira

Mesmo com a fragilidade do Chile, o Brasil, segundo Paulo Nunes, falhou em pressionar o adversário no campo de defesa. Diante da ausência de uma marcação intensa, os donos da casa tiveram liberdade e, após gol de Vargas, levaram perigo ao gol de Ederson na sequência da partida.

“Isso me incomoda. A seleção brasileira não consegue fazer essa marcação pressão. Para ficar confortável, eles correm sempre pra trás, e depois saiam no contra-ataque. Não precisa fazer essa marcação sempre, mas tem que fazer algumas vezes. A seleção chilena teve dificuldades para sair, mas deu espaço para a seleção chilena.”, alertou.