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Paulo Nunes, em transmissão do SporTV (Reprodução)
Paulo Nunes acredita que Rodrygo pode assumir o status de protagonista da seleção. Antes da bola rolar em Chile x Brasil, o ex-jogador fez questão de valorizar o futebol do camisa 10. Apesar da prioridade de Vinícius Júnior atuar no lado esquerdo, houve uma projeção de que o setor pode ser alvo de uma disputa entre os dois atacantes.
Além da capacidade de atuar em várias posições, Rodrygo foi elogiado pela capacidade ofensiva extraordinária. Neste cenário, Paulo Nunes vê motivos para o atacante reivindicar uma vaga no lado esquerdo da seleção.
“O Rodrygo sempre quebra esses galhos. Joga no meio, por dentro, na ponta direita… mas, quando joga pelo lado esquerdo, é outro jogador. Ele tem capacidade de trazer para dentro, finaliza como poucos, é rápido e inteligente. Ele busca a tabela com o centroavante para entrar na área.”, disse Paulo Nunes, em transmissão do SporTV.
“É uma questão dele próprio falar que quer disputar a posição nesse lugar porque é uma posição que joga melhor. Ele é muito bom jogador. As valências que ele tem de capacidade de jogo impressionam.”, acrescentou.
Em relação ao comando do ataque, Paulo Nunes fez uma ressalva envolvendo a titularidade imediata de Igor Jesus. Mesmo assim, o profissional da Globo não reprovou a escolha de Dorival Júnior em escalar o centroavante do Botafogo e deixar Endrick no banco.
“Isso mostra um pouco da escassez que a gente está passando. Poucos jogos no Botafogo e já convocado para um jogo importantíssimo nas Eliminatórias. Mas, para mim, é merecido. O que ele faz no Botafogo chama muito atenção. Não é só pelos gols, mas ele gera muito jogo para os meias do Botafogo.”
“Ele conhece os movimentos que os meias do Botafogo fazem […] É um jogador inteligente, sabe se movimentar bem e articula muito as jogadas. Ele tem uma coisa que me chama muita atenção: a definição. Ele domina rápido, gira e bate. Pode trazer tudo que a seleção está precisando.”, elogiou.
Paulo Nunes traz alerta de risco na seleção brasileira
Diante do período curto de treinos, Paulo Nunes considera que os atacantes precisam de um apoio intenso dos meias. Caso contrário, nomes como Endrick e Igor Jesus, donos de um grande talentos, podem ser julgados de forma injusta pela falta de impacto no setor ofensivo.
“É pouco tempo na seleção. Quando a gente fala de jogo coletivo, esses jogadores não treinam juntos […] Os movimentos do Igor Jesus são treinados no Botafogo. O problema da seleção é que não pode queimar todos os atacantes porque a bola não chega qualificada para eles finalizarem.”
“Se bota o Endrick e não dá certo, bota o Igor Jesus e não dá certa, pode queimar etapas de alguns jogadores. É importante melhorar o jogo coletivo do meio-campo para a bola chegar no atacante e ele tenha tranquilidade para finalizar.”, avisou.
