Nome marcante na história do Flamengo, Zico construiu uma carreira sólida como treinador após se aposentar dos gramados, passando por diversos clubes e se tornando ídolo também no Japão. Essa trajetória de uma década, no entanto, não era esperada e desejada pelo Galinho.
Em entrevista ao podcast “O Brabo Tem Nome”, do canal Goal, nesta sexta (04), o ex-jogador contou que nunca teve a intenção de se tornar técnico, mas que uma urgência no Kashima Antlers, clube que também defendeu como jogador, despertou um lado que ele mais “temia”.
“Eu não queria nunca ser treinador. O negócio aconteceu. Acabei treinador e por conta de um momento bom que tive no Kashima, o presidente da federação quis que eu fosse técnico da seleção. Ali fiquei quatro anos e fiz minha carreira de técnico, foram 10 anos”, iniciou Zico.
“Paguei pela língua. Quando jogava dizia sempre que não queria ser técnico. A responsabilidade é outra. E se o time não ganhar é demitido. É muito complicado”, destacou o Galinho.
Zico iniciou na função ainda como coordenador técnico do Kashima, no final dos 1990. Posteriormente, ele foi acionado para treinar a seleção japonesa, onde ficou de 2002 a 2006. Por clubes, ele ainda passou por Fenerbahce, CSKA, Olympiacos, Al-Gharafa e FC Goa.
Zico vê Filipe Luís com potencial para deslanchar
Ainda no papo sobre comando técnico, Zico destacou que Filipe Luís está preparado para o desafio de assumir o Flamengo, após demissão de Tite. Na avaliação do Galinho, o profissional, apesar da pouca experiência na função, estudou bastante e tem uma bagagem importante como atleta que pode ajudá-lo.
Questionado por Pedretti se daria algum conselho para Filipe Luís, Zico afirmou que o ex-lateral não pode abrir mão das suas convicções e ter cuidado sobre possíveis interferências em seu trabalho no clube rubro-negro.