Maior ídolo na história do Flamengo, Zico não está satisfeito com a forma que o clube carioca trata ex-atletas do futebol e de outros esportes.
Em entrevista ao podcast “Fala, Craque” nesta sexta-feira (20), o Galinho disse que já sugeriu um reconhecimento maior dos gestores para com figuras que já brilharam elevando o nome do rubro-negro no Brasil e no mundo. Na visão do ex-jogador, essas pessoas deveriam ter acesso ao clube social e rotineiramente serem lembradas e homenageadas pelos feitos alcançados.
“Não eu acho que seja necessário eu ser embaixador do Flamengo. Acho sim que o clube pode utilizar melhor os atletas, não só do futebol”, iniciou Zico
“Um dia sugeri que ex-atletas, com serviços prestados, pudessem levar uma pessoa para conhecer a sede, que tivesse a entrada grátis, que em festividades fossem lembrados, servindo como inspiração. O clube deveria se preocupar com isso. Já teve gente barrado na porta, isso é deprimente”, desabafou o ídolo.
Zico e o segredo das faltas
Em outro momento do papo, o ex-jogador comentou sobre a qualidade diferenciada nas bolas paradas, e disse que por muito tempo criou-se a impressão de que ele treinava o fundamento sem parar. O Galinho ainda admitiu que tinha potencial ímpar no fundamento. Ao longo da carreira, foram 84 gols anotados em cobranças de falta, segundo contas do próprio atleta.
“Muita gente pensa que eu ficava só batendo falta, e não era assim. Tinham dias específicos para treinar. Eu procurava fazer de tudo. Eu costumo dizer que pode ter um igual, mas melhor não tem”, pontuou o ex-jogador.
“Eu me aprimorei em tudo que era possível fazer. Seja batendo bola no paredão, com o companheiro, sozinho. Hoje eles têm o treinamento de chutar na trave, eu não gosto, não tem que fazer o gol?, complementou o ídolo rubro-negro.