Home Futebol Rivellino elege melhor seleção brasileira e se vê acima de craque histórico: “Mais jogador”

Rivellino elege melhor seleção brasileira e se vê acima de craque histórico: “Mais jogador”

Tricampeão do mundo com o Brasil valoriza estilo coletivo que marcou época na Copa de 70

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Rivellino, ex-jogador da seleção brasileira de 1970 (Reprodução - YouTube)

Rivellino fez parte de uma das seleções mais fortes da história do futebol. Além do título em 1970, o esquadrão do Brasil encantou o mundo ao longo do torneio, motivo pelo qual o time campeão no México costuma ser aclamado em listas e enquetes elaboradas na Europa. Neste contexto, houve uma comparação envolvendo a geração vencedora em 1958 e 1962.

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Na visão de Rivellino, existe um nível de igualdade entre as três seleções campeãs pelo Brasil. Apesar disso, o ídolo de Corinthians e Fluminense acredita que leva a melhor em uma disputa contra Zagallo.

“Os ingleses fazem enquetes de qual seleção que mais encantou o mundo. Todo mundo fala de 70.”, disse Rivellino, ao canal Museu da Pelada, no YouTube.

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“Gilmar era melhor que o Félix. Djalma Santos e Carlos Alberto é páreo duro. Mauro contra Brito. Orlando e Piazza. Nilton Santos e Everaldo. Zito e Clodoaldo é jogo duro. Gerson e Didi é jogo duro. Garrincha e Jairzinho. Vavá e Tostão são características diferentes. Eu ganhava do Zagallo. Eu era mais jogador (risos).”, completou.

Diante da coletividade, o gol histórico de Carlos Alberto Torres coroou o título do Brasil contra a Itália. Em uma jogada memorável, o capitão da equipe acertou um chutaço após uma troca de passes repleta de qualidade, algo que reflete o desejo de Pelé em jamais exigir passes dos companheiros.

“Deus foi tão generoso com aquela seleção que o último gol da Copa foi com oito jogadores tocando na bola. O Tostão roubou a bola, o Clodoaldo driblou três ou quatro italianos, e o Pelé meteu a bola para o Carlinhos. Pegou um três dedos…”, recordou.

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“O coletivo era mais forte. Nós tínhamos o maior jogador do mundo. Para mim, não vai ter igual. Eu não vou ver outro jogador igual ao Pelé. Ele podia chegar em mim: ‘Presta atenção, toca pra mim’. Ele nunca pediu uma bola pra mim.”, completou.

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Rivellino tinha personalidade em exigências na seleção brasileira

Durante o período na seleção, Rivellino não tinha o costume de aceitar ser sacrificado. Nos bastidores, João Saldanha e Zagallo receberam avisos claros do estilo em campo, situação que fez o Velho Lobo adaptar o estilo tático para encaixar um dos pilares no setor ofensivo.

“Começaram uma pressão para me colocar. No último jogo no Brasil contra a Áustria, antes de embarcar para o México, falaram que eu ia jogar de ponta esquerda. Eu nem treinei (na posição). Nada! Em 69, o Saldanha quis me botar de centroavante e eu falei: ‘Tô fora. Não sei jogar de costas.’. A linha era Jair, Gerson, Pelé, Edu e eu.”

“Eu falei para o Zagallo: ‘Se você falar para ficar aberto na ponta esquerda, eu não vou jogar. Vai dar liberdade para mim?’. Ele quis que eu voltasse para o meio de campo e me deu liberdade.”, relatou.

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