Memphis Depay foi anunciado como novo reforço do Corinthians na semana passada. A estreia do jogador holandês é aguardada pelos torcedores, mas há preocupação em relação ao histórico de lesões do atleta. O assunto foi abordado pela médica especializada em esporte, Dra. Flávia Magalhães.
“A gente sempre tem um alerta. Quando o atleta não está jogando, o nível de performance dele é diferente, principalmente para a gente que está em uma segunda fase de Campeonato Brasileiro. Estamos em uma escala de jogadores performando muito alto, e ele chega vindo de uma lesão, de um tempo sem jogar”, começou ela em entrevista à Gazeta Esportiva.
“Então, esse histórico precisa de um olhar primoroso de toda a equipe multidisciplinar. Não só a equipe médica, mas principalmente a equipe de fisioterapia, preparação física, nutrição, parte mental do atleta… Todos esses cuidados ao redor desse cenário são fundamentais para ele ter uma performance alta sem uma nova lesão”, completou a profissional que trabalhou por 11 anos no Atlético-MG.
Ao todo, Depay teve 11 lesões desde 2021/22, sendo todas elas de origem muscular. Ele estava machucado nos últimos meses, devido a um problema ocasionado na Eurocopa, quando atuou pela seleção da Holanda.
Ritmo de jogo é fundamental para Depay no Corinthians
Ainda sem estrear pelo clube, a expectativa é de que Memphis possa jogar contra o Atlético-GO, já na próxima rodada do Brasileirão Série A. O atleta pode entrar em campo visando começar a ganhar ritmo de jogo no futebol brasileiro.
“O cenário do Corinthians não é favorável, então neste momento que você precisa de reforços é desafiador falar que você vai contratar um cara de peso e não vai por ele para jogar. Então é a parte da avaliação médica, da avaliação fisioterapêutica, da avaliação física, da adaptação dele ao novo cenário do clube e estipular que ele comece jogando em intervalos menores, mas ganhando ritmo de jogo”, afirmou.
A doutora ainda ressaltou a necessidade de uma sequência de jogos pelo Corinthians para evitar uma nova lesão de Depay.
“O ritmo de jogo é importante. Se ele faz um jogo e volta três rodadas depois, o ritmo é diferente. Quanto mais ritmo de jogo, menos risco de lesão. Mas tem que ser dentro do cenário, da adaptação dele. Não podemos forçar a qualquer custo um jogador que pode ter uma nova lesão, e ele tem o histórico”, opinou.