Flavio Prado não ficou surpreso com o jogo sem brilho do Brasil contra o Equador. Após um primeiro tempo razoável, a equipe de Dorival Júnior foi apática no segundo tempo, mas manteve o placar de 1 a 0. Neste cenário, o comunicador acredita que a seleção está longe de apresentar o nível de outros times que costumam dar show em campo.
Na visão de Flavio Prado, Manchester City, Real Madrid, Bayer Leverkusen e Arsenal reservam bons jogos para os torcedores. Em relação às seleções, o jornalista vê o Brasil distante do futebol de Espanha e França.
“O Brasil joga para não perder, e o futebol se joga para ganhar. Quer ver um bom futebol? Manchester City, Real Madrid, Leverkusen e Arsenal. Sabe qual o grande problema da seleção? Expectativa, e achar que vai jogar o que já jogou. Não vai jogar. Jamais vai ter uma seleção do nível de 82.”, disse Flavio Prado, em transmissão da Jovem Pan.
“Tem a Espanha jogando um futebol de nível legal porque tem uma ideia de jogo criada faz tempo. O mesmo se aplica à seleção francesa. Aqui é sobrevivência. Foi um jogo ruim, mas eu não esperava mais que isso. Se quer ver jogo bonito, vai ver o City e o time do Xabi Alonso.”, acrescentou.
Definindo o ambiente da seleção como “várzea”, Flavio Prado não vê um projeto consistente implementado pela CBF. Neste cenário, sem uma grande força coletiva, o Brasil acaba perdendo o aspecto individual.
“Tem que ter um sistema e definir o que se quer na seleção brasileira. Aqui é uma zona, uma várzea. O treinador que assumir vai colocar o sistema dele. O jogador brasileiro tem a técnica podada para se jogar de maneira tática. Os jogadores são travados em nome do todo. Se não tem treinamento, não tem grupo, e não vai funcionar.”, afirmou.
Flavio Prado destaca Vinícius Júnior e Rodrygo irreconhecíveis na seleção brasileira
Ainda que Rodrygo tenha anotado o único gol do jogo, Flavio Prado enxerga uma diferença em relação ao nível das partidas no Real Madrid. Levando em conta a mesma situação com Vinícius Júnior, o profissional da Jovem Pan não culpou os atacantes, já que não existe um espírito coletivo na seleção.
“Futebol é um jogo coletivo. O Rodrygo e o Vinícius Júnior nem parecem os mesmos jogadores. Se colocar máscara, não vai saber que são os mesmos jogadores. Falaram em trazer o Ancelotti, ia funcionar? Não. Porque ele não ia conseguir treinar e sentir um clima coletivo.”, analisou.