Home Futebol Renato Gaúcho, do Grêmio, defende Abel Ferreira, do Palmeiras: “Colocam em xeque”

Renato Gaúcho, do Grêmio, defende Abel Ferreira, do Palmeiras: “Colocam em xeque”

Treinador gremista citou o colega português alviverde como exemplo de pressão sofrida pelos técnicos no Brasil

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.

Abel Ferreira e Renato Gaúcho (Sipa US/Alamy Live News)

Em entrevista concedida por Renato Gaúcho para Zero Hora e Rádio Gaúcha nesta semana, o técnico do Grêmio fez um balanço dos dois anos de sua atual passagem pelo Imortal. Um dos assuntos abordados foi sobre a pressão sofrida pelos treinadores no futebol brasileiro.

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Ao falar sobre as críticas que os técnicos recebem dos torcedores e da imprensa, Renato Gaúcho reforçou que nem mesmo nomes como Abel Ferreira, multicampeão pelo Palmeiras, escapam das cobranças.

“No Brasil infelizmente é isso, você quando não ganha você não é mais bom. Aí você passa a ganhar, você volta a ser bom. Como que é isso? É isso que não tá pra entender”, questionou o técnico do Grêmio. “Eu dou até o exemplo agora mesmo do Abel no Palmeiras. Os caras colocam em xeque o Abel”.

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Renato Gaúcho: “Não sou perfeito, eu vou errar no Grêmio”

Renato Gaúcho prosseguiu com seu desabafo, alfinetando uma parcela da torcida e da mídia esportiva.

“Se for fazer tudo que a mídia ou alguns torcedores às vezes querem contra um jogador ou um treinador, a cada 40 dias ou 50 dias, o presidente tem que demitir um treinador, mandar embora um jogador. Daqui a pouco ele tem 10 treinadores em um ano”, ironizou.

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Por fim, Renato Gaúcho criticou o imediatismo que, na sua opinião, prejudica a sequência do trabalho dos treinadores no futebol brasileiro. Assim, enalteceu seus feitos nos tempos de camisa 7 e como técnico.

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“É muito fácil você julgar uma pessoa vencedora agora. Tô falando de mim com todos esses títulos como jogador, como treinador. De repente seus resultados não aparecem. Então você coloca em xeque tudo isso que eu conquistei às vezes por quatro, cinco jogos. Eu tenho culpa? Sim, claro que eu tenho culpa, eu não sou perfeito, eu vou errar. Eu sempre procuro fazer a coisa certa pro clube. Nem sempre eu vou acertar”, finalizou.

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