Home Futebol Milton Neves elege goleiro injustiçado do futebol brasileiro: “Crucificado”

Milton Neves elege goleiro injustiçado do futebol brasileiro: “Crucificado”

Apresentador homenageou um histórico camisa 1 da seleção brasileira

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.

Milton Neves, jornalista esportivo (Reprodução/Band)

Milton Neves fez uma homenagem a Félix, goleiro titular do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970 no México. O jornalista dedicou sua coluna no UOL Esporte ao saudoso camisa 1, cuja morte completa 12 anos neste sábado (24).

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Na opinião do experiente apresentador, Félix é o goleiro mais injustiçado da história do Brasil, ao lado de outro célebre atleta da posição que marcou época na seleção.

“Barbosa foi crucificado no Brasil por não ter ganho a Copa de 50 e Félix foi crucificado por ter ganho a Copa de 70. País de ingratos!”, ironizou Milton Neves.

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Milton Neves lembrou momento emocionante de Félix

O colunista contou uma história em que a filha mais nova de Félix perguntou ao pai a razão pela qual o chamavam de ‘filha do frangueiro’, num telefonema durante o Mundial de 1970.

Mesmo com as vitórias do histórico esquadrão comandado por Zagallo, o camisa 1 tinha o desempenho bastante contestado pelos torcedores.

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Milton Neves observou que Félix ‘sumiu’ nas comemorações do tricampeonato da seleção brasileira no Estádio Azteca, logo após o fim da decisão vencida por 4 a 1 contra a Itália.

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Segundo o colunista, o goleiro titular em 1970 foi comemorar o título com sua filha, num telefonema para a menina do estádio, mesmo com as limitações tecnológicas da época.

“Nos últimos minutos do jogo, já 4 a 1, lá do gol, ele tinha um olho na bola e outro na porta de acesso aos escritórios do estádio”, contou Milton Neves. “O juiz apitou, 4 a 1 na cabeça e ele se mandou do seu gol direto para aquela porta, ganhou o corredor e entrou gritando ‘teléfono'”.

Na ligação para a Embratel no Rio de Janeiro que conectou ao telefone da residência da vizinha, o então goleiro do Fluminense celebrou com a menina.

“Filha, diga amanhã lá no colégio para seus amiguinhos e amiguinhas que seu pai não é frangueiro, mas que seu pai é campeão do mundo”, teria dito Félix aos berros e chorando, diretamente da Cidade do México no telefone.

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“Milhares de vezes infelizes e cruéis, jornalistas ou não, tanto já repetiram: ‘O Brasil ganhou a Copa de 70 apesar do Félix'”, lamentou Milton Neves.

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