Home Futebol Tostão aponta carência na seleção brasileira e alerta Dorival Júnior

Tostão aponta carência na seleção brasileira e alerta Dorival Júnior

Tricampeão do mundo enxerga séria lacuna em deteminado setor e cita o passado como exemplo

Eder Bahúte
Eder Bahúte integra o time do Torcedores.com desde 2016. Na cobertura esportiva, atua como redator e tem como foco principal o futebol brasileiro, internacional e mídia esportiva. Diplomado pela Universidade Paulista, o profissional acumula experiência em radiojornalismo e mídia impressa, além de participação em eventos da Copa do Mundo e Paulistão.
Tostão durante entrevista (Reprodução - YouTube)

Tostão durante entrevista (Reprodução - YouTube)

Considerado um verdadeiro craque do futebol brasileiro, Tostão não enxerga atualmente na seleção brasileira alguém com tal status atuando no meio-campo. Em coluna publicada na Folha de S.Paulo, ele considera que deixaram de ‘fabricar’ atletas com este perfil ou que muitas vezes são utilizados de forma equivocada pelos treinadores.

Para o tricampeão do mundo com o Brasil, em 1970, os poucos que poderiam desempenhar esta função não são aperfeiçoados, mas sim deslocados com outras responsabilidades.

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“Falta à seleção brasileira um craque no meio campo que reúna talento e capacidade para defender, construir e avançar. Falta porque já tivemos. Eles não existem mais porque não são formados há tempos nas categorias de base. Os que poderiam ser, são deslocados para atuarem no ataque, pelas pontas ou mais adiantados pelo centro”, afirma Tostão.

Segundo ele, é preciso dar ‘um passinho para trás’, rever o que funcionou no passado para repensar o presente e futuro.

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“Precisamos mudar o olhar, ter humildade e desejo de aprender, repensar o presente e o futuro. Para isso, é necessário conhecer o passado. O futebol e o mundo não começaram com a internet”.

Tostão vê Ancelotti como espelho para Dorival Júnior na seleção brasileira

No cenário descrito acima, Tostão acredita que Bellingham reúne estas qualidades. “Grande capacidade física de jogar de uma intermediária à outra. É, ao mesmo tempo, o camisa 8 e o camisa 10”.

O Real Madrid, inclusive, pode servir de espelho para Dorival Júnior. Com a chegada de Mbappé, Carlo Ancelotti tem feito ajustes táticos no time.

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“Em vez de jogar com um trio no meio campo e Bellingham mais próximo da dupla de atacantes (Rodrygo e Vini), a equipe atuou com dois no meio campo, além de Bellingham, que marcava, organizava e se juntava ao trio de ataque com Rodrygo mais pela direita, Mbappé mais pelo centro e Vini Junior mais pela esquerda. Os três trocavam de posição”, explica Tostão.

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Na etapa final, o time espanhol voltou à formação anterior. Ao que tudo indica, Ancelotti deve utilizar ambas as situações.

“As decisões de Ancelotti são ensinamentos para todos os treinadores, especialmente para Dorival Junior, que na seleção brasileira conta com Vinicius Junior e Rodrygo”.

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