PC Oliveira, comentarista do Grupo Globo, comentou as críticas feitas pelo técnico Abel Ferreira à arbitragem brasileira. O comandante português demonstrou irritação após o empate do Palmeiras por 1 a 1 com o Flamengo, no Maracanã, pelo Brasileirão Série A.
Na coletiva pós-jogo, Abel afirmou não confiar no VAR. O técnico disse ainda que a arbitragem comandada por Wilton Pereira Sampaio influenciou no resultado do jogo no Maracanã.
“Pelo que criamos, merecíamos ter ganhado. Não consigo entender como o jogador do Botafogo é expulso na Copa do Brasil e hoje o do Flamengo não é expulso depois de acertar a cara e até machucar a língua. Onde está o critério dos lances? (…) Não consigo entender, meu copo d’água transbordou, encheu meu saco. Na casa do Palmeiras apitam de forma tranquila, até sacanagem conseguem fazer com o Palmeiras. (…) Será que é o Maracanã que condiciona? Não sei, acho grave”, disparou Abel.
Ao analisar as declarações do treinador do Palmeiras, PC Oliveira reconheceu que existem problemas na arbitragem brasileira.
“São vários pontos nessa crítica do Abel Ferreira. Eu acho que tem coisas boas, como a Edna como primeira mulher na Copa América; o Claus, que apitou a final da Copa América; o Ramon Abatti, que apitou a final das Olimpíadas. Mas para o Brasileirão, que é um campeonato longo, tem diferença sim de atuação, devido a falta de uma formação única, de uma escola nacional que consiga formar todos os árbitros dentro de um mesmo nível”, avaliou PC Oliveira ao sportv.
“A formação nas federações tem muita diferença. Tem cursos de sete, oito meses, e outras com cursos de dois, três anos. Cada federação é responsável por indicar o árbitro para o cenário nacional, mas nem todos chegam no mesmo nível para o Brasileirão. Faz falta o treinamento prático da preparação para os jogos. Há muito esforço da Comissão de Arbitragem, mas só o trabalho online e as devolutivas pós-jogo não tem sido suficientes”, completou o comentarista.
PC Oliveira avalia lance polêmico
Para o ex-árbitro, o volante chileno Erick Pulgar, do Flamengo, deveria ter sido expulso por agressão no lance com Richard Ríos, ainda no primeiro. PC Oliveira explica que o jogador palmeirense fez a falta primeiro, mas o atleta Rubro-Negro reagiu de forma desnecessária.
“A falta é o Richard Ríos porque a bola já tinha passado e aí tem uma ação de obstrução do Ríos. Mas, no meu ponto de vista, o Pulgar se irrita com essa obstrução e faz um movimento que pra mim é desnecessário. Não é um movimento pra se equilibrar ou se proteger. Ele tem uma ação muito forte com o braço direito que ele poderia ter evitado. Além desse braço direito, ele tem uma ação adicional com o braço esquerdo (…) É sim, uma ação adicional com força excessiva, no rosto do adversário. Portanto é uma ação de cartão vermelho”, disse.