Gabriel Garcia foi convocado para a equipe de atletismo que vai representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris. O feito do velocista de 26 anos se torna ainda maior, se os torcedores souberem, que ele estará nas Paralimpíadas, também. Mas como isso é possível?
Acontece que Gabriel é guia da recordista mundial da classe T11 para competidores com deficiência visual, Jerusa Geber. Os dois obtiveram a marca de 11s83 nos 100 metros rasos em competição disputada no Brasil.
Além disso, Geber e Garcia foram bronze nas Paralimpíadas de Tóquio. Dessa vez, nos 200 metros rasos. Vale ressaltar que o atleta guia orienta o atleta guiado, durante as provas de velocidade do atletismo com deficientes visuais. O guia possui 100% da visão.
“Ser convocado para os Jogos Olímpicos me dá uma sensação de gratidão, felicidade e dever cumprido. Eu, a Jerusa e o Luiz pensamos muito para dar tudo certo, inclusive na minha carreira solo. Agora, fomos recompensados com essa convocação para os Jogos Olímpicos. Não cheguei a esse feito sozinho”, afirmou o corredor ao site oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro.
“Nós três sempre estamos batalhando juntos para chegarmos aos nossos objetivos. Estou muito orgulhoso e muito grato ao Time Jerusa. É um ano muito importante para nós”, celebrou Gabriel Garcia.
Gabriel Garcia nasceu em cidade com tradição
Natural de Presidente Prudente, cidade que fica a cerca de 550 km de São Paulo, o paulista teve o primeiro contato com o atletismo ainda jovem, já que o município tem tradição na modalidade.
Foi lá que a equipe olímpica do revezamento 4x100m, formada por Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino, medalhistas de prata das Olimpíadas de Sydney, na Austrália, tinham seu local de treinos. O atual atleta guia foi comandado Jayme Netto, responsável pela equipe medalhista naquele Jogos.
“Fomos recompensados com essa convocação para os Jogos Olímpicos. Não cheguei a esse feito sozinho. Nós três sempre estamos batalhando juntos para chegarmos aos nossos objetivos.”, completou Gabriel Garcia.
Mas Gabriel não será o único nas duas delegações nacionais. Bruna Alexandre, atleta do tênis de mesa, foi está presente nas duas convocações da modalidade.
Ela foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão. Até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência.