Bicampeão com a seleção brasileira, Tostão repercutiu na coluna do jornal Folha de S. Paulo deste sábado (06) a proximidade da efeméride do fatídico 7 a 1, que completa 10 anos na próxima segunda-feira (08). Ao relembrar o amargo episódio, ele elencou alguns pontos cruciais naquele ciclo, incluindo a demissão do técnico Mano Menezes.
No comentário, o ex-jogador citou que o atual técnico do Fluminense vinha executando um bom trabalho, mas não resistiu à pressão nos bastidores da CBF, que vivenciava escândalos na administração, por questões políticos e comerciais.
“Em 2010, Mano Menezes era o técnico da seleção brasileira e fazia bom trabalho. Em 2012, José Maria Marin assumiu o comando da CBF no lugar de Ricardo Teixeira. Anos depois, Marin foi preso por corrupção, e aconteceria o mesmo com Ricardo Teixeira se ele saísse do país”, iniciou Tostão.
“Mano Menezes foi despedido. Felipão foi contratado Felipão como treinador, e Parreira, como diretor técnico. Penso que as mudanças foram mais por motivos políticos e comerciais”, complementou o ex-jogador na sequência do texto opinativo.
Defendido por Tostão, Mano teve desempenho de quase 70%
Ao longo de sua trajetória no comando do escrete canarinho, Mano Menezes acumulou 33 jogos, com 21 vitórias, seis empates e seis derrotas. O índice, no entanto, ficou abaixo do seu antecessor, Dunga, técnico do Brasil na Copa do Mundo de 2010. O treinador acabou não triunfando contra adversários de peso, entre eles Argentina, França, Alemanha e Holanda.
Dias depois da demissão de Mano, a direção da CBF fechou vínculo com Luiz Felipe Scolari, pentacampeão em 2002. O treinador, no entanto, não conseguiu repetir o feito, e ficou marcado pela sonora goleada sofrida em solo brasileiro, a maior de uma anfitriã na história dos Mundiais.