Durante entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, Galvão Bueno foi questionado sobre a possibilidade de narrar mais uma Copa do Mundo. O próximo campeonato será em 2026, com sede no Canadá, Estados Unidos e México.
Em seu currículo como narrador, Galvão Bueno acumula 13 Copas do Mundo, sendo 11 delas apenas na Globo. Galvão ainda teve a oportunidade de narrar todas as finais da competição desde 1990.
“Eu costumo dizer que o homem lá de cima é muito meu amigo, nos damos muito bem. Eu peguei uma fase do esporte, foram três finais seguidas de Copa do Mundo (com a seleção brasileira), gente. Em 1994, 1998 e 2002, com duas conquistas. Só a Alemanha fez três finais seguidas e ainda sim só ganhou uma.”, brincou o narrador.
“(Eu narrei) Tricampeonato do Nelson Piquet, tricampeonato do Ayrton Senna (…) Eu vivi uma fase grandiosa do esporte brasileiro, e fico muito feliz”, afirmou Galvão Bueno.
“Não vai fazer falta esse tri, é isso?”, questionou a apresentadora Vera Magalhães, se referindo a possibilidade de Galvão Bueno narrar seu terceiro título de Copa do Mundo para a seleção brasileira.
“Eu enrolei, enrolei e ainda não respondi, né? Mas ninguém tem certeza do que vai estar fazendo em 2026. Eu dificilmente vou estar narrando, dificilmente”, projetou o icônico narrador.
“Eu não sei o que vai ser a minha vida e o meu trabalho no esporte no ano que vem, quanto mais na Copa do Mundo. Não existe nenhum plano traçado para isso (narrar a próxima Copa)”, completou.
A Copa do Mundo no Catar, em 2022, marcou a despedida de Galvão Bueno das narrações da TV Globo. O narrador, responsável por dar voz aos títulos da seleção brasileira em 1994 e 2002, encerrou seu ciclo na emissora após mais de 40 anos.
Frustração de Galvão Bueno com Copa do Mundo
Mesmo com um currículo contendo mais de uma dezena de Copas, o narrador admite a frustração por não ter participado da cobertura do mundial de seleções de 1986. Isso porque, à época, o responsável por transmitir os jogos do Brasil foi Osmar Santos.
“Eu não ter feito a seleção brasileira na Copa de 1982 é uma coisa normal e justa, mas não me pareceu tão normal assim em 1986″, confessou Galvão Bueno.
“Eu achava que era o meu momento, mas também sabia que o meu momento chegaria. Foi uma questão de venda comercial e etc.”, disse.
“Lógico que eu me senti um pouco frustrado, nada a ver com o Osmar, pela grandeza do Osmar, mas… Não senti nada de não fazer de 82, mas depois fiquei, pô, não foi legal não”, acrescentou Galvão.