Romário relembra polêmica com Parreira na seleção: “Ele nega”

A plataforma Max divulgou nesta quinta-feira (30) mais dois episódios da série documental “Romário, o Cara”. Em um dos momentos, a produção aborda a turbulência da seleção brasileira vivida nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, onde Carlos Alberto Pereira teria ficado às vias de fato de entregar o cargo.

Segundo relato de jogadores como Ricardo Rocha e Mauro Silva, o treinador estava disposto a se desligar do escrete canarinho, dada a pressão vivida. O treinador, no entanto, nega que tenha sinalizado essa decisão, e que nunca pensou em sair. Fora do escrete à época, Romário disse nunca entender o porquê da resistência do treinador em contrariar o que foi dito por outros atletas nos bastidores.

“Nós chegamos no aeroporto, 50 jornalistas em cima de mim com câmeras, foi aí que eu fiquei sabendo, que estavam dizendo que eu ia sair. Essas histórias que inventam, a gente não sabia de onde tinha saído. “Eu não cheguei a falar isso, a externar isso”, pontuou Parreira.

“Eu soube, realmente que houve uma confusão lá na Granja, o Parreira pediu para sair. Eu não estava lá, mas ele nega isso até hoje, não sei porque, mas ele nega”, pontuou Romário.

Neste terceiro episódio, Mauro Silva é o responsável por fazer a revelação sobre Parreira ter chamado o grupo e deixado evidente a vontade de pedir demissão. Ricardo Rocha é outro que também traz declarações que sugerem este posicionamento do treinador.

“Ele chamou todo mundo, estava lotado o auditório, e disse o seguinte ‘eu estou pensando em sair da seleção’. Todo mundo levou um susto” Mauro Silva

“No avião, o Zagallo fala comigo, ‘Ricardo, o Parreira vai pedir demissão, ele está muito mal, pressão da família”, disparou Rocha.

Romário é convocado e se torna “salvador da pátria”

Diante do risco iminente do Brasil ficar de fora da Copa do Mundo de 1994, Parreira e seus pares cederam à pressão e o coro do público e convocou Romário, que à época brilhava com a camisa do Barcelona. O Baixinho, que havia acumulado alguns problemas com Zagallo e comissão, retornou e se mostrou decisivo, sendo protagonista na “final” diante dos uruguaios, que garantiu o escrete no Mundial dos Estados Unidos.