Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras, Fluminense e Botafogo estão garantidos de forma antecipada nas oitavas de final da Libertadores. Na Sul-Americana, os times brasileiros também fazem bonito perante argentinos, uruguaios e demais vizinhos. Em coluna publicada na Folha de S.Paulo, o tricampeão Tostão avaliou o real nível das equipes do Brasil.
Para o ex-jogador, é fato a diferença técnica em comparação aos rivais do nosso continente, mas nem por isso é possível garantir que há uma excelência futebolística praticada em solo nacional.
“Os times brasileiros, como se esperava, mostram, apesar de alguns tropeços, nítida superioridade sobre os adversários do continente na Copa Sul-Americana e na Libertadores. Isso cria uma ilusão, uma análise equivocada de que o futebol que se joga no Brasil é uma maravilha e taticamente moderno”, afirma Tostão.
Ao confrontar com clubes da Europa, o ídolo do Cruzeiro enxerga uma inferioridade grande dos times brasileiros, cenário este que era diferente em outras épocas.
“A comparação das equipes brasileiras deveria ser com os principais times europeus. Continuamos muito abaixo, o que não acontecia em outras décadas. Os times necessitam marcar e avançar em bloco, como já fazia a Holanda na Copa de 1974, há 50 anos”, avalia Tostão.
Tostão aponta clube organizado no futebol brasileiro
Multicampeão nos últimos anos, o Palmeiras não colhe os frutos apenas pelo que plantou dentro de campo, mas, sobretudo também pelo trabalho fora das quatro linhas. Para Tostão, o clube paulista explica porque há uma diferença grande entre os demais.
“Uma das qualidades do Palmeiras é a organização estrutural, formada por profissionais sérios e competentes. Não há politicagem no clube. Abel Ferreira, a comissão técnica e os atletas são partes importantes do sucesso, que se perpetua ao longo dos anos”, apontou.