Flavio Prado vê técnico “queimado” no futebol brasileiro: “Ninguém quer”

Contratado para o lugar de Dorival Júnior, Thiago Carpini teve um ótimo início à frente do São Paulo. Porém, após o título da Supercopa, o técnico não resistiu aos resultados que vieram na sequência. Neste cenário, Flavio Prado apontou que o ex-comandante do Tricolor, mesmo demonstrando um grande potencial, ficou “queimado” no futebol brasileiro.

Lembrando o histórico de 18 jogos Carpini no SPFC (sete vitórias, seis empates e cinco derrotas), Flavio Prado reprovou a cultura do imediatismo no Brasil. Isso porque os técnicos não possuem tempo para consolidar um trabalho, tendo em vista a pressão por resultados extremamente rápidos.

“O Carpini, até três meses ou quatro atrás, era a grande revelação do futebol brasileiro. Ninguém quer o Carpini. 18 jogos. Ele foi moído. Ele não era uma revelação ou destruíram todo o trabalho que ele fez? Nos cinco, seis jogos era o Carpinismo. Por causa de cinco, seis jogos ele ficou péssimo e não entende mais nada? Como é que você vai desenvolver um futebol assim? Não tem como fazer.”, alertou Flavio Prado, no Bate-Pronto, da Jovem Pan.

Lembrando o caso de Edin Terzic, Flavio Prado considera que os técnicos, na Europa, possuem mais respaldo. Apesar do vexame recente do Borussia Dortmund na Bundesliga, o treinador foi mantido no cargo e pode, em breve, ser campeão da Champions League.

“O técnico do Borussia Dortmund, se fosse no Brasil quando perdeu o campeonato para o Bayern, ele estaria excomungado. Não trabalharia em lugar nenhum. Ele foi mantido e pode ser campeão da Champions League.”, afirmou.

Flavio Prado destaca patamar do futebol europeu

Convicto de que o futebol brasileiro está abaixo do europeu, Flavio Prado citou os casos de Lucas Moura e Vinícius Júnior. Levando em conta o talento dos atacantes, o jornalista enxerga que ambos só conseguiram evoluir, de fato, no momento em que desembarcaram no Velho Continente.

“O Lucas tem uma habilidade impressionante, mas não sabia jogar futebol. Eles não estavam mentindo. Ele virou um jogador interessantíssimo, até com história em Champions. Mas ele teve que aprender.”

“Lembra quando ele chegou? Não sabia chutar, não sabia posicionamento… pensa no Vinícius Júnior do Flamengo e o Vinícius Júnior do Real.”, opinou.