O Girona fez história neste sábado (4) ao vencer por 4 a 2 o Barcelona em La Liga, e assim conquistando uma vaga inédita para a disputa da Champions League. Mas esta pode nem acabar se concretizando na próxima temporada.
E isso não por culpa de alguma coisa feita pela equipe, mas sim pelas regras da Uefa. Uma regra que tem a ver com um time de uma outra liga bem distante do futebol espanhol, o Manchester City, que briga pelo título da Premier League e que deverá também disputar a Liga dos Campeões na próxima temporada.
Tanto os Citizens como o Girona são de propriedade do City Football Group (Grupo City), fundo originário de Abu Dhabi que é dono de, entre outros times, da SAF do Bahia. Pelas regras da entidade, dois times que são de um mesmo dono não podem disputar a mesma competição. O que pode fazer com que a equipe catalã, que teve 44% de suas ações adquiridas pelo grupo em 2017 (hoje tem 47%), seja barrada de disputar a Champions.
Há, no caso, uma provisão que poderia fazer com que o clube espanhol jogue a Liga dos Campeões independentemente de ser propriedade dos controladores do City. Nas regras da Uefa, caso haja equipes que tenham tal ligação, tem de haver a prova de que há ‘controle independente’ destes times e que os dirigentes possuem autonomia nas decisões gerais do clube, sem a ingerência do grupo proprietário.
De acordo com a ESPN, esta será a tentativa a qual a diretoria do Girona tentará achar para convencer a entidade a permitir a jogar a principal competição de clubes da Europa. O clube espanhol tentará provar que detém a autonomia para controlar o clube, seguindo exemplos usados por outros times que jogaram competições lado a lado com equipes com quem compartilham acionistas. E assim conseguir a licença para jogar a Champions.
Tal decisão deve sair antes do começo da próxima temporada via Comitê Disciplinar da Uefa. Enquanto isso, o Girona mantém consigo a vaga inédita e histórica para a Liga dos Campeões.