No futebol brasileiro, quando o presidente de um clube é questionado sobre a permanência de um treinador e diz que ele está “prestigiado”, não é incomum que ocorra uma mudança de comando pouco depois. Para o comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, o técnico o Thiago Carpini vive essa situação no São Paulo.
Em sua coluna no UOL Esporte desta terça-feira (9), o jornalista esportivo analisou que antes do início do Brasileirão Série A desta temporada, seis dos 20 clubes que vão disputar a competição já trocaram de treinador.
Segundo ele, Carpini parece estar na “corda bamba”, ao contrário de Rogério Ceni, apesar da frustrante perda do título baiano contra o arquirrival Vitória.
“O Bahia não deve mudar de treinador antes do início do Brasileirão, apesar da pressão sobre Rogério Ceni após a derrota para o Vitória”, apontou o jornalista sobre o Esquadrão de Aço.
“Não é tão segura a situação do São Paulo. A entrevista do presidente Julio Casares, que sabidamente observa o movimento das redes sociais, foi ambígua na noite de terça-feira: ‘A notícia de hoje é que ele é técnico do São Paulo, com o nosso apoio, com o apoio dos atletas e vamos aguardar’. Aguardar o quê?”, avaliou PVC.
“À tarde, Julio Casares esteve presente ao treino do Tricolor e cumprimentou o treinador Thiago Carpini, que tem rejeição nas comunidades de são-paulinos”, completou o jornalista.
Em comparação com o início do Brasileirão do ano passado, o número de mudanças de treinadores já é maior. Para PVC, no entanto, esse número pode ainda aumentar.
“No ano passado, a Série A começou com apenas quatro, dos vinte clubes da Série A, com mudanças de técnico desde janeiro. Desta vez, são seis. Por enquanto”, finalizou.
O Campeonato Brasileiro tem início neste sábado (13) e o São Paulo de Carpini enfrenta o Fortaleza, no Morumbi, às 21h (de Brasília).
Citado por PVC, Carpini faz análise do trabalho no SPFC antes do início do Brasileirão
Após a derrota na estreia da libertadores contra o Talleres, na Argentina, na semana passada, o técnico do São Paulo foi questionado sobre o saldo de seu trabalho no clube até o momento, às vésperas de começar o Brasileirão.
“Qualquer coisa que eu fale em saldo negativo ou positivo, há controvérsias. Tenho minhas convicções. Tenho respaldo no vestiário, do grupo”, afirmou o treinador do SPFC.
“Se eu ficar falando de Supercopa, tabu ou Novorizontino, isso é passado. Não vivo passado nem futuro, vivo presente. Infelizmente, não começamos como gostaríamos hoje”, disse Carpini, chateado pela derrota na estreia.
O próximo compromisso do Tricolor na competição continental será nesta quarta-feira (10), contra o Cobresal-CHI, às 21h30 (de Brasília), no Morumbi.