Home Futebol PVC diz que Vinícius Júnior não pode ser “amestrado” e dispara: “É perseguido”

PVC diz que Vinícius Júnior não pode ser “amestrado” e dispara: “É perseguido”

Comentarista foi mais um a criticar os atos racistas contra Vinícius Júnior na Espanha e defendeu respostas do brasileiro

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.
Vinícius Júnior chora em coletiva da seleção brasileira (Rafael Ribeiro/CBF)

Vinícius Júnior chora em coletiva da seleção brasileira (Rafael Ribeiro/CBF)

Comentarista foi mais um a criticar os atos racistas contra Vinícius Júnior na Espanha e defendeu respostas do brasileiro

O comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, em sua coluna do UOL Esporte, detonou as atitudes racistas de espanhois contra Vinícius Júnior e se solidarizou após o atacante brasileiro chorar em entrevista coletiva da seleção brasileira, que entra em campo na terça (26) em amistoso justamente contra a Espanha.

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Vinícius não escondeu a emoção ao revelar que tem perdido a vontade de jogar futebol.

“É por isso que Vinicius fala. E, mais cruel, por isso é perseguido. Vinicius também disse que quanto mais denuncia, mais crescem as injúrias”, citou PVC em sua defesa do brasileiro.

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O comentarista disse ainda que Vinícius Júnior não é o único a sofrer racismo, mas explicou porque ele é o mais atacado.

“Vinicius e Rudiger foram vítimas de racismo. Vinicius Júnior em escala muito maior. E por quê? Porque ele fala. Porque põe o dedo na ferida. E tem de pôr mesmo”, defendeu PVC.

“O que os racistas da Espanha esperam? Que os jogadores se comportem como craques de estimação, que entram em campo, dão alegria, marcam gols e voltam para seus lugares confortáveis, que os dirigentes brancos lhes oferecem? É óbvio que não! Vinicius não tem de jogar calado como se fosse um craque amestrado.”

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Veja o que disse Vinícius Júnior na entrevista coletiva

Na coletiva, Vinícius Júnior não escondeu a tristeza com o momento que vive na Espanha. Segundo ele, a luta é por ele e também por seus familiares, especialmente seu pai e seu irmão.

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“É cada vez mais triste. Cada vez eu tenho menos vontade de jogar. Acredito que seja muito triste tudo que eu venho passando a cada jogo, a cada dia, a cada denúncia vai aumentando. É muito triste, não só eu, mas todos os negros que sofrem no dia a dia. O racismo verbal é minoria perto de tudo que os negros passam no mundo”, disse Vini Jr.

“Meu pai sempre teve dificuldade por ser negro. Entre ele e um branco, sempre vão escolher um branco. Tenho lutado bastante por tudo que tem acontecido comigo. É desgastante por estar meio sozinho. Já fiz tantas denúncias e ninguém é punido, nenhum clube é punido. A cada dia, luto por todos que passam por isso. Se fosse só por mim e pela família, não sei se continuaria. Mas fui escolhido para defender uma causa bem importante e que eu estudo a cada dia para que no futuro meu irmão de cinco anos não passe pelo que estou passando.”

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