O comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, comemorou em sua coluna do UOL Esporte a prisão de três dos responsáveis pelo atentado contra o ônibus do Fortaleza, no Recife, após duelo contra o Sport pela Copa do Nordeste.
PVC disse que a punição aos torcedores é um símbolo, mas também pediu celeridade para que os outros foragidos também sejam presos.
“Demorou quase um mês, duas pessoas confessaram espontaneamente participação no crime e seguiram soltas e 25 dias depois… Até que enfim! Precisa ser um símbolo”, escreveu ele.
O comentarista, porém, chamou a atenção para outro fato. Para ele, o futebol tem que se colocar como vítima da violência, mesmo que alguns “vilões” sejam claros neste caso. Segundo ele, alguns dirigentes financiam torcidas como a do Sport, que cometeu o atentado, e “acobertam assassinato”.
“Faz quarenta anos que a indústria do futebol aceita ser colocada na posição de vilão da violência, em vez de vítima. É óbvio que há vilões, todos os dirigentes que financiam torcidas e acobertam assassinato (…) Mas a indústria precisa se colocar na posição de vítima e cobrar do Estado que dê segurança.”
Para PVC, “futebol se coloca melhor que o país neste momento”
O fato de os torcedores do Sport responsáveis pelo crime terem sido presos, enquanto os fugitivos do presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, seguirem foragidos, coloca, de forma momentânea, o futebol com um passo à frente do país. Segundo ele, isso precisa ser um marcado no combate à violência no esporte.
“Pela primeira vez na história, o futebol se coloca numa posição, momentânea, melhor do que o país. Três dos mais de cem que participaram do atentado ao Fortaleza estão presos. Os fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró, ainda não”, lembrou PVC.
“Neste momento, há mais quatro mandados de prisão para bandidos envolvidos no crime contra o Fortaleza. O atentado do Recife precisa ser um marco.”