As diretorias de Palmeiras e São Paulo não tem agido de maneira a cessar a confusão entre as torcidas após a briga no dia 3 de março, no clássico que terminou empatado por 1 a 1, no MorumBIS. Em sua coluna do UOL Esporte, o comentarista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, disse que nenhum dos dois clubes está trabalhando para acabar de vez com o problema.
Para PVC, o clássico precisa “voltar a ser nobre” como já foi. Ele destacou que as brigas digitais podem virar uma “morte real”.
“Há erros de todos os lados. É preciso parar! Chega! O populismo digital pode causar uma morte real. Por alguém, nas ruas, que se julgue parte de uma guerra, que não deve existir”, escreveu PVC.
“O nome do clássico é Choque-Rei. O comportamento precisa voltar a ser nobre.”
Segundo ele, os clubes estão preocupados com suas próprias torcidas e não com encerrar a confusão gerada por dirigentes, comissões técnicas e jogadores.
“Os dois clubes parecem mais preocupados em dar satisfação às manifestações irracionais das redes sociais, onde não há rosto, do que em construir um ambiente saudável“, apontou PVC.
“Em que se apertem as mãos e se trabalhe para um novo encontro, quem sabe na final do Campeonato Paulista, Copa do Brasil ou Libertadores.”
Para PVC, os clubes poderiam ter sido mais cordiais
O comentarista lembrou que o Palmeiras não se comportou bem no caso Caio Paulista, além de não ter sido cordial nas visitas do rival ao Allianz Parque. Ainda para ele, o São Paulo utilizou da mesma moeda no dia 3 de março.
“O Palmeiras poderia ter avisado o São Paulo de ter sido procurado pelos representantes de Caio Paulista. Poderia desde 2015, gestão Paulo Nobre, ter um camarote central para a diretoria rival, no Allianz Parque.
Precisa cuidar de que as entrevistas coletivas aconteçam sempre no espaço adequado, na sala de imprensa principal — não é necessário haver duas. O São Paulo sempre prezou por ser um clube cordial e hospitaleiro, de cardeais elegantes e receptivos”, lembrou PVC, que concluiu:
“Não foi assim no Choque-Rei do dia 3, não é correto chamar o técnico adversário de “merda”, nem para identificá-lo, como disse Carlos Belmonte. Não é necessário desculpar-se pelo pedido de desculpas.”