Depois de nove dias dos entreveros no clássico entre São Paulo e Palmeiras no Morumbi, em jogo da rodada 11 do Paulistão, o diretor de futebol são-paulino, Carlos Belmonte, pediu desculpas por xingar o treinador alviverde Abel Ferreira, em vídeo vazado.
De acordo com apuração do colunista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, do UOL Esporte, a demora no pedido de desculpas foi uma orientação do departamento jurídico do São Paulo, que via a possibilidade de absolvição dos jogadores envolvidos no caso, como o centroavante Calleri.
“No São Paulo, entende-se que Belmonte só não pediu desculpas antes, por orientação jurídica. Ou seja, os advogados queriam mesmo a troca do pedido de perdão pela absolvição. Não do diretor, punido com o afastamento dos estádios pelo restante do Campeonato Paulista — um a quatro partidas. Mas de Calleri, que não poderia estar à porta do vestiário do árbitro, por estar suspenso por acúmulo de cartões amarelos, e que poderia ser condenado a até quatro jogos de suspensão, pelo descumprimento de sua pena”, escreveu PVC em sua coluna nesta quarta-feira (13).
O jornalista ainda revelou que no Palmeiras o vídeo não foi aceito como desculpa sincera, mas apenas como um movimento para diminuir a pena dos envolvidos.
“A compreensão no vestiário da Academia do Palmeiras foi de que não houve pedido de desculpas, mas o pagamento de uma pena imposta pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva). E que esta pena é péssimo exemplo, por trocar o reconhecimento de um erro por uma absolvição, revelou PVC.
Por fim, o jornalista criticou a postura do TJD no caso e apontou ainda a possibilidade de um encontro entre Abel Ferreira e Carlos Belmonte em breve.
“De fato, o TJD de São Paulo foi ridículo, ao trocar um pedido de desculpas de um dirigente por anistia de jogadores. Carlos Belmonte cometeu um erro, admite ter errado e deve se encontrar em breve com Abel Ferreira.”