O jornalista Renato Maurício Prado, o RMP, subiu o tom contra a decisão da CBF em ampliar o limite de estrangeiros relacionados por jogo no Brasileirão. Recentemente alterada de cinco para sete jogadores, a nova medida agora libera a inscrição de até nove gringos por relação. A alteração contempla apenas jogos do certame nacional.
No programa “Fim de Papo”, do UOL Esporte, RMP classificou como “a morte do futebol brasileiro” o aumento do volume de atletas estrangeiros nas partidas. Na visão do comentarista, o atleta brasileiro vai perdendo cada vez mais espaço, e o futebol nacional acaba ficando enfraquecido.
“É o início da morte do futebol brasileiro. Nove estrangeiros no time, não vai ser mais campeonato brasileiro, vai ser campeonato castelhano, porque vai ter boliviano, equatoriano, que não vão ser nem grandes jogadores, vão ser jogadores bonzinhos, e vão simplesmente tirar lugar dos jogadores brasileiros. Os brasileiros bons vão embora, esses vão embora rapidamente. Eu acho um absurdo”, disparou RMP, prospectando um cenário prejudicial aos próprios jogadores brasileiros.
“Os brasileiros bons, insisto, esses vão para Europa, mas tem muito brasileiro que joga bola aqui e que vai ser escanteado, porque você vai no Uruguai e contrata um bom jogador uruguaio pagando muito menos do que você paga para os bons brasileiros aqui. Eu acho isso o fim do mundo, eu sou completamente contra essa ideia”, complementou o comentarista.
RMP aponta exemplos
Ainda no comentário crítico, RMP citou que a medida pode fazer com que times brasileiros repitam casos já vistos no Chelsea, que fez final de campeonato sem nenhum inglês, e na seleção da Itália, que teve vários jogadores naturalizados defendendo as cores do país. Para o comentarista, o limite de cinco estrangeiros era o volume ideal a ser permitido.
No cenário nacional, o Athletico Paranaense é o time com o maior número de gringos no plantel. Ao todo, são 10 jogadores estrangeiros. O Furacão é seguido de Botafogo, Fortaleza e Internacional, que possuem nove cada.