A seleção brasileira sub-23 começou mal a segunda fase do Pré-Olímpico, realizado em Caracas. A equipe comandada por Ramon Menezes perdeu nesta segunda (05) por 1 a 0 para o Paraguai, pela primeira rodada do quadrangular final. Endrick desperdiçou um pênalti no primeiro tempo.
Com o resultado, mais o empate de 2 a 2 entre Argentina e Venezuela, o Brasil foi para a lanterna da segunda fase. A seleção brasileira terá dois jogos para buscar uma das duas vagas para os Jogos Olímpicos de Paris.
Nesta quinta (08), enfrenta a seleção anfitriã Venezuela às 20h (horário de Brasília). O time encerrará a participação no Pré-Olímpico contra a Argentina, no domingo (11).
Mauro Cezar define torneio olímpico como de ‘terceira categoria’
Diante da ameaça de eliminação nas Olimpíadas, Mauro Cezar enxerga um lado positivo do futebol brasileiro ficar ausente do evento. “Brasil com um pé fora do torneio de futebol olímpico masculino. Que bom!”, intitulou sua coluna no UOL Esporte. Na opinião do jornalista, não seria ‘nada mal’ a eliminação, com Ramon Menezes podendo prestar um ‘útil serviço’ aos principais clubes do país.
“Seria ótimo a CBF não mandar um time de futebol masculino para as Olimpíadas. Assim preservaria os clubes, sempre ameaçados de desfalques, e no caso por conta de um torneio de terceira categoria”, disparou Mauro Cezar.
Ele minimizou a importância do torneio de futebol nos Jogos Olímpicos. Para Mauro Cezar, a competição perdeu repercussão, além de considerá-la irrelevante com muitos ‘jogadores secundários’.
Mauro Cezar também falou sobre o trabalho de Ramon Menezes, que apontou como fraco. Além disso, mesmo que os clubes não tenham a obrigação de ceder os atletas para o torneio olímpico de futebol, reforçou o desejo dos jogadores de disputarem a competição.
“O Palmeiras perdeu a Supercopa domingo sem Endrick, por exemplo, já que seu jovem talento estava na equipe pré-olímpica”, citou. Mauro Cezar também mencionou um constrangimento pelo Flamengo não ter liberado Pedro para os Jogos Olímpicos de Tóquio, realizado em 2021. “Sem a vaga, tudo se resolve”, definiu.
Por fim, Mauro Cezar ressaltou o bicampeonato olímpico conquistado pela seleção brasileira no Rio e no Japão. O jornalista concluiu que o encerramento do jejum em 2016 aliviou a pressão pela medalha de ouro. “Já deu, né?”, finalizou.