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CPB elege melhores atletas de 2023; veja ganhadores

Comitê fez premiação na última quinta-feira, 14 de dezembro

Carlos Lemes Jr
Olá! Sou Carlos Lemes Jr e sou Jornalista formado, desde 2012, e no Torcedores, desde 2015. Matérias exclusivas pelo site publicadas nos portais IG, MSN e UOL. Escrevo sobre: futebol, mídia esportiva, tênis e basquete. Acredito que o esporte seja uma ótima ferramenta de inclusão, pois, sou cadeirante. Então, creio que uma das minhas "missões" aqui no Torcedores seja cobrir esporte paralímpico. Hobbies: ler, escrever e escutar música.
Em noite de gala, Bruna Alexandre (à esquerda) e Gabriel Araújo (à direita e de vermelho) foram premiados - Ana Patricia/CPB

Em noite de gala, Bruna Alexandre (à esquerda) e Gabriel Araújo (à direita e de vermelho) foram premiados - Ana Patricia/CPB

O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), realizou na última quinta-feira, 14 de dezembro, a premiação para os melhores atletas de 2023. O evento foi realizado no Tokyo Marine Hall, em São Paulo. Na ocasião, foram laureados praticantes de 24 modalidades.

“É importantíssimo estar aqui no dia de hoje premiando os melhores atletas de 2023, um ano histórico para o esporte paralímpico brasileiro. Voltamos dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago com recorde de medalhas, 343 no total, sendo 156 delas de ouro, um número extremamente alto. Tivemos mais medalhas do que a China no Mundial de atletismo e também bons resultados nos Mundiais de natação, halterofilismo e nas modalidades coletivas. Hoje é o dia de brindar tudo isso que os atletas fizeram em 2023 e já deixar o gostinho do que pode vir em 2024 nos próximos Jogos Paralímpicos”, disse Yohansson Nascimento, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), além de ex-atleta, com conquistas importantes como o ouro nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.

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Os vencedores foram: Jerusa Geber (atletismo), Rogério Oliveira (badminton), Paola Klokler (basquete em cadeira de rodas), Mateus Rodrigues Carvalho (bocha), Fernando Rufino (canoagem), Bianca Canovas (ciclismo), Jovane Guissone (esgrima em cadeira de rodas), Aline Rocha (esportes de inverno), Ricardo Steinmetz Alves (futebol de cegos), Jefferson Luiz da Silva (futebol PC), Josemarcio da Silva (goalball), Mariana D’Andrea (halterofilismo), Sérgio Froes Oliva (hipismo), Wilians Araújo (judô), Carol Santiago (natação), Diana Barcelos (remo), Gabriel Feitosa (rúgbi em cadeira de rodas), Silvana Fernandes (taekwondo), Bruna Alexandre (tênis de mesa), Daniel Rodrigues (tênis em cadeira de rodas), Jane Karla (tiro com arco), Alexandre Galgani (tiro esportivo), Jéssica Ferreira (triatlo) e Janaína Petit (vôlei sentado).

“Estou muito feliz de verdade. Foi um ano de Mundial com meu programa mais difícil na vida e resultado muito bom, isso me orgulhou muito. Agora, ganhar esse prêmio só reforça a importância disso e me enche de felicidade. Quando cheguei à natação, tinha muita coisa a ser trabalhada. Ainda tenho, mas isso vai diminuindo com o tempo e deixa mais difícil continuar abaixando os tempos. A Seleção está cheia de atletas que também mereciam este troféu. Mas fico feliz de ser premiada. Mostra que, mesmo depois de ter acumulado experiência, ainda consigo chegar lá e ter a melhor performance da vida”, agradeceu a nadadora Carol Santiago, escolhida como melhor nadadora do ano.

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Carol foi ouro nos 100m borboleta, 50m livre, 100m livre, e revezamentos 4x100m livre e medley 49 pts no Parapan de Santiago 2023; além de cinco ouros, uma prata e dois bronzes no Mundial de Manchester 2023. Ela que tem 38 anos e é portadora, desde o nascimento, da  síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte.

Como funciona a votação

A eleição dos vencedores, que se destacaram em competições nacionais e internacionais em 2023, foi feita por uma comissão interna do CPB, a partir de uma lista enviada pelas confederações responsáveis por cada uma das modalidades representadas na premiação. Vale destacar que atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo são modalidades gerenciadas pelo próprio Comitê Paralímpico.

Melhores atletas masculino e feminino

No mesmo dia 14, a mesatenista Bruna Alexandre e o nadador Gabriel Araújo foram agraciados com os respectivos prêmios, de cada naipe, e dentre todas as modalidades.

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Bruna Alexandre, 28, tornou-se a primeira atleta paralímpica a competir nos Jogos Pan-Americanos. No Chile, a mesatenista obteve uma medalha de bronze na disputa por equipes ao lado de atletas convencionais. A catarinense, que foi submetida à amputação do braço direito após uma trombose contraída aos seis meses de vida, ainda obteve medalhas de ouro nos Abertos Paralímpicos da Tailândia, Eslovênia, Brasil, Itália, Espanha e França neste ano. 

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“Gostaria de agradecer pela oportunidade de estar aqui com tantas autoridades e atletas. Agradeço à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa e ao CPB por todo o apoio que tenho na disputa do olímpico e do paralímpico. Em Cuba, conquistei a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris. Depois, recebi a convocação para os Jogos Pan-Americanos e não acreditei. Todo o esforço foi recompensado. Fui sonhando aos poucos e vi que poderia chegar cada vez mais longe. Consegui jogar na mesa de igual para igual com todo mundo e mostrar que a deficiência não é nada e tudo é possível. Espero que mais atletas se inspirem nisso e vejam que somos todos iguais e unidos”, afirmou Bruna.

Já Gabriel Araújo, 21, voltou dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago com cinco medalhas de ouro (50m livre, 50m costas, 100m livre, 100m costas, e 200m livre). Além disso, o nadador obteve mais três medalhas de ouro no Mundial de natação, em Manchester, na Inglaterra (50m costas, 100m costas e nos 200m livre). O atleta tem focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas.

“Fico muito feliz por ter conquistado esse prêmio, um marco muito importante na minha carreira, principalmente neste ano de 2023, de resultados bons. Gostaria de agradecer ao CPB e às Loterias Caixa por dar todo o suporte possível. Também agradeço ao Praia Clube, que sempre acredita no meu trabalho, ao meu treinador e à minha mãe. Sem eles, não estaria conquistando nada disso hoje. Este ano foi excelente e 2024 será melhor ainda”, disse Gabriel.

Better Collective