Diante dos conflitos simultâneos na Ucrânia e Faixa de Gaza, o chamado “movimento olímpico” resolveu agir nos bastidores.
Prova disso, é que segundo informações de veículos como a Veja, o COI (Comitê Olímpico Internacional) aprova, por unanimidade, uma “trégua olímpica” em ambas guerras.
“Não consigo me lembrar de uma época em que o mundo enfrentasse tantos confrontos, divisões e polarização”, disse o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach, durante o discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. A reunião se deu na última terça-feira, 21 de novembro.
O documento foi aprovado por unanimidade com 118 votos dos países presentes, só tendo as abstenções de Rússia e Síria.
“Neste mundo frágil, esta resolução é mais relevante do que nunca. Ela é a oportunidade de enviar um sinal inequívoco ao mundo. Sim, podemos nos unir mesmo em tempos de guerras e crises. Sim, podemos dar as mãos e trabalhar juntos por um futuro melhor”, acrescentou Bach.
O que estabelece a “trégua olímpica” de Paris 2024
Para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, a trégua estabelece que “Os países signatários devem observar o período que vai de sete dias antes dos Jogos Olímpicos ( de 26 de julho a 11 de agosto) até sete dias depois da disputa dos Jogos Paralímpicos (28 de agosto a 8 de setembro.
Vale lembrar que esse documento é proposto tanto para os Jogos Olímpicos de Verão, quanto de Inverno, e é ele, que está proibindo aos atletas russos de participarem de certas competições, sobre a bandeira e as cores nacionais.
Medida surgiu por sugestão do COI em 1993
A “trégua” foi reintroduzida pela ONU em 1993, a partir de uma iniciativa do COI, e é inspirada na antiga tradição grega da “ekecheiria”, que determinava o cessar de todos os conflitos, durante o período das competições esportivas para respeitar atletas e torcedores.