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Após Yan Couto se pronunciar sobre o discurso em que elegeu Daniel Alves como ídolo e referência, Milly Lacombe abordou o assunto. Mesmo que o atleta tenha feito um esclarecimento, a jornalista apontou que a carreira nos gramados não pode ser separada da vida extracampo, tendo em vista a acusação por estupro na Espanha. Sendo assim, houve uma sinalização de que a situação ilustra o “pacto da masculinidade” presente no futebol.
“Yan, meu caro, volta aqui: você não se desculpou. Você apenas pisou fundo no erro e na ofensa. O Daniel Alves está preso há oito meses acusado de estupro. Sabe por que ele segue detido há quase um ano mesmo sem julgamento? Porque as evidências do crime são fartas. Deveria bastar para você escolher outro ídolo. Ou pelo menos mentir publicamente sobre ter outro ídolo (…) O pacto da masculinidade produz aberrações como essas: passa a ser normal um homem seguir tendo como ídolo alguém acusado de estupro. Por que? Porque no final das contas não tem ninguém ligando para violências praticadas contra mulheres.”, apontou Milly, em sua coluna no UOL Esporte.
Neste cenário, Marcos demonstrou revolta com a forma que Yan Couto está sendo tratado na imprensa. Comentando em publicação da página “Fui Clear“, o ex-goleiro saiu em defesa do lateral e ainda disparou contra os “lacradores” que buscam atacar o jogador do Girona.
“Qualquer ser humano normal, sabe que ele falou do Daniel dentro de campo, da carreira do cara, fora de campo, cada um com seus problemas e responsabilidades, pura maldade e hipocrisia de gente doente, bando de lacrador do car…”, escreveu.
Cotado para iniciar jogando em Uruguai x Brasil, Yan Couto manifestou o desejo de ser conhecido entre os torcedores. Agora, deixando a polêmica para trás, o lateral-direito deve buscar que apenas seu futebol seja repercutido.
“Sou brasileiro, me identifico com o povo, tenho passaporte português, mas nunca pensei em jogar lá. Gostaria que o povo brasileiro me reconhecesse mais, tivesse esse laço mais íntimo. Espero começar a construir isso agora, para ter uma trajetória na seleção.”, afirmou.
