O técnico Vanderlei Luxemburgo foi demitido do Corinthians na quarta-feira (27) e saiu sob críticas e desconfiança da equipe. Isso porque, segundo o Ge, os bastidores não foram positivos e o método de Luxemburgo vinha sendo questionado pelos próprios atletas. O último deles foi para o duelo com o Fortaleza, em que os jogadores foram a campo sem grandes informações do adversário e como eles atuariam na Neo Química Arena.
“Os jogadores veem Luxemburgo como um cara que manja muito de bola, mas acham a preparação para os jogos ruim”, disse uma fonte na matéria publicada ao Ge.
A principal crítica dos jogadores a Luxemburgo era a falta de soluções para os problemas da equipe, como para o setor defensivo, que vinha sendo constantemente vazado, por exemplo. Havia ainda a comparação dos treinamentos de Luxemburgo com ouutros técnicos que passaram pelo Corinthians, sendo citados nomes como Mano Menezes, Tite, Fábio Carille, Sylvinho e até Fernando Lazaro, que começou o ano como técnico e que era auxiliar de Luxemburgo.
Os jovens atletas também questionavam o treinador, já que alguns desapareciam do time, como nos casos de Matheus Araújo, Pedro, Guilherme Biro, e até Christyan Barletta, que foi negociado com o Ceará.
Estopim no Corinthians foi briga com Maziotti
Tornada pública, a briga com Bruno Maziotti, chefe do Núcleo de Saúde e Performance do Corinthians, foi o estopim para o treinador. O problema foi no fim de agosto, quando o Corinthians enfrentaria o Goiás e a ideia era utilizar o time reserva, já que o Timão encararia o Estudiantes, na Argentina, três dias depois, pela volta das quartas de final da Sul-Americana.
Luxemburgo optou por dar um treino na manhã do dia da partida – o que incomodava os mais experientes do elenco -, mas não escalaria os atletas que participaram do trabalho. Porém, acabou relacionando titulares e utilizou cinco deles na etapa final, o que irritou. Segundo o Ge, Rojas e Bruno Méndez, por exemplo, não esconderam a insatisfação. Renato Augusto se lesionou na partida e jogou no sacrifício em La Plata.
Bruno Maziotti perdeu a paciência com a decisão tomada pelo técnico e a relação entre ambos se estremeceu, se tornando estritamente profissional até o último dia de Luxemburgo no clube.