O ex-atacante Euller foi um dos grandes jogadores do final do século XX. Com passagens por São Paulo, Palmeiras, Vasco, Atlético-MG e seleção brasileira, Euller viveu grandes momentos no futebol, como, por exemplo, o título da Libertadores de 1999 pelo Palmeiras.
No podcast “Parlando de Palmeiras”, Euller relembrou essa conquista, na qual ele usava o número 24. No Brasil, historicamente, esse número é rejeitado por homens por ser misticamente o número de “veado”, ou seja, de pessoas homossexuais.
Sobre vestir a camisa 24
Primeiro, Euller relembra que chegou ao Verdão em 1997. Mas, com pouco espaço no clube, foi para o futebol japonês em 1998, retornando ao Alviverde em 1999.
Então, ele disse que chegou nas vésperas de inscrever os jogadores para a Libertadores. Mas, o ex-atacante relata que ele teria que usar esse número por ser o único que sobrou.
“Aconteceu um fato engraçado. Na hora de me inscrever na Libertadores, o Felipão me chama e fala: ‘só tem a 24’. Eu falei: ‘é essa mesmo. Minha mãe falou que eu tinha que usar a 24’. Vou ficar fora da lista por causa de número na camisa? De jeito nenhum”, contou Euller.
Preconceito com a numeração
Em seguida, o atacante foi perguntado se na época havia realmente esse preconceito com o número 24 entre os jogadores.
“Existia alguns preconceitos com alguns números. Nesse caso, não sei dizer exatamente se não queriam por causa de preconceito ou se era superstição, que dentro do futebol é normal”, disse Euller.
Veja o que ele disse na íntegra:
Carreira de Euller
Revelado pelo América-MG, em 1990, Euller foi para o São Paulo em 1994, onde venceu a Copa Conmebol. Em 1995, foi para o Atlético-MG, até ir para o Palmeiras, em 1997.
No Verdão, venceu a Libertadores e o Rio-São Paulo, chamando a atenção do poderoso Vasco, em 2000, que tinha Romário, Juninho Paulista, Juninho Pernambucano, Pedrinho, entre outros craques.
No Cruzmaltino, foi campeão do Brasileirão e da Mercosul de 2000. Deixou o clube carioca em 2002, indo jogar no futebol japonês.
Retornou ao Brasil em 2004 para jogar no São Caetano, onde foi campeão paulista. Depois, retornou ao Atlético-MG e ao América-MG, onde encerrou a sua carreira, em 2011.