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Rompendo o silêncio enquanto está preso, Daniel Alves concedeu entrevista ao jornal La Vanguardia e se defendeu da acusação de violência sexual. Denunciado por uma jovem de 23 anos, o atleta foi detido na Espanha e, por decisão da Justiça, teve todos os pedidos de liberdade condicional negados. Apesar disso, ele segue afirmando que não cometeu nenhum crime dentro da boate Sutton e fez questão de afirmar que perdoa a vítima.
“Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (suposta vítima) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida.“, afirmou.
Neste cenário, o discurso de Daniel Alves causou um sentimento de extrema revolta em Ana Thaís Matos. Como houve uma inversão de papéis, já que o lateral-direito que deveria pedir perdão pelo suposto crime, a jornalista da Globo destacou mais um caso de misoginia atrelado com deboche.
“É uma mistura de deboche com muita misoginia e uma pitada de falta de vergonha na cara”, escreveu no Twitter.
Na mesma entrevista, Daniel Alves justificou o motivo de conceder a primeira entrevista desde que foi preso. Considerando que apenas um lado da história está sendo contado, o ex-jogador do Barcelona espera que a verdade dos fatos venham à tona.
“Resolvi dar esta entrevista, a minha primeira desde que estou aqui, para que as pessoas saibam o que penso. Que conheçam a história pelo que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu, nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos”, afirmou.
Aguardando o julgamento na Espanha, Daniel Alves, caso seja detido, pode pegar até 12 anos de cadeia. No momento, existe a previsão que a audiência ocorra entre outubro e novembro, situação que deve colocar o lateral e a vítima frente à frente do tribunal.
“Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer“, contou.
