Histórico narrador da TV brasileira, Galvão Bueno teve seu documentário lançado nesta segunda-feira (15). Em evento no Rio de Janeiro, ele respondeu algumas perguntas de jornalistas e falou sobre como procurou realizar um produto “sem filtros” em que mostra todas as facetas de sua carreira.
“Eu pedi, junto à produção e direção, que não fosse uma coisa que mostrasse ‘olha como ele é bonzinho, grita o tetra, grita o penta, Ayrton Senna do Brasil, é prata, é ouro’. A vida não é assim”, explicou o narrador. “Eu não sou bonzinho 24 horas, mas também não sou nenhum monstro. A ideia é essa”, revelou.
A série documental de cinco episódios sobre Galvão Bueno foi lançada no Globoplay e conta com a presença de grandes personalidades, como Ronaldo Fenômeno e Romário.
“Sempre fui polêmico. Mas eu digo que sou um vendedor de emoções. Ao mesmo tempo, digo que sou um equilibrista. Eu ando no fio da navalha o tempo inteiro: de um lado as emoções, que eu tento vender, e do outro a realidade dos fatos”, ressaltou o narrador sobre sua trajetória.
“Na medida do possível, tento não mudar a realidade dos fatos. A ideia sempre foi essa”, completou Galvão Bueno.
Depois de 41 anos na TV Globo, onde foi a voz de edições de Copa do Mundo e momentos históricos do esporte, o narrador passou a focar em projetos pessoais. Ele comentou sobre a decisão da emissora carioca em produzir o documentário.
“Eu não sei se eu mereço. Eu nem sei se minha vida merece. As pessoas entenderam assim. Eu digo que, para mim, isso foi uma coisa fantástica. A Globo, enquanto minha casa, minha família profissional, ela tem entendido… A Globo e a Globoplay, que valia a pena fazer um documentário sobre a minha vida e sobre o meu trabalho”, refletiu Galvão Bueno.