O Flamengo respirou no Campeonato Brasileiro. Na noite da última quarta-feira (10), a equipe venceu o Goiás por 2 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ, com gols marcados por Pedro e Éverton Ribeiro no início de cada tempo. A partida, válida pela quinta rodada, marcou a recuperação rubro-negra depois de três derrotas sofridas. Após o jogo, o autor do segundo tento rubro-negro concedeu entrevista e falou não apenas da partida, válida pela quinta rodada da Série A, mas sobre o desdobramento da Operação Penalidade Máxima II, iniciada no Ministério Público de Goiás (MP/GO).
“É muito triste. A gente luta tanto para chegar nessa posição que estamos hoje. Sonhos de muitas crianças, nós somos exemplo. Não julgo quem faz, mas sei que é errado. Cada um sabe onde aperta o calo. Mas a gente sabe que tem que ser punido, tem que ser investigado. Ser rígido para que não aconteça isso, porque é um esporte que é muito inclusivo, tem muita responsabilidade e a gente precisa cuidar do nosso futebol. Triste pelo momento que está acontecendo tudo e que a gente possa sair daqui com ensinamentos e ver o caminho certo a se seguir”, falou.
A finalidade da operação investiga participação de atletas em jogos do Campeonato Brasileiro para atender a apostadores, com ganho financeiro no recebimento de cartões e na quantidade de escanteios, por exemplo. Iniciada pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, em jogo da Série B de 2022, os desdobramentos apontam participação de jogadores em partidas da Série A e de campeonatos estaduais. Ao todo, cerca de 20 jogadores foram mencionados, com alguns afastados, como o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, o volante Richard, do Cruzeiro, e o meia Fernando Neto, do São Bernardo.
Com fatos noticiados em vários clubes espalhados pelo país, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou que a Polícia Federal (PF) realize inquérito e auxilie o MP nas investigações, como informado pelo próprio titular da pasta, ministro Flávio Dino.