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Após a publicação da matéria envolvendo a suposta alteração na cena do incêndio no Ninho do Urubu, o UOL acabou sendo barrado no CT do Flamengo. Neste cenário, Mauro Cezar reprovou a postura da diretoria em barrar a entrada dos profissionais do portal, já que a contestação da reportagem deveria ocorrer de outras formas. Sendo assim, o jornalista lembrou que a ESPN também já esteve como desafeto do Rubro-Negro, motivo pelo qual Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, foi mencionado.
Na visão de Mauro Cezar, a gestão de Rodolfo Landim está repetindo a mesma postura do antigo mandatário máximo do Cruzmaltino. Autoritário, Eurico Miranda costumava bater de frente com os “inimigos” de forma enérgica durante seu período à frente do Vasco. Ainda que o atual presidente do Flamengo não seja tão barulhento, a comparação não deixou de ser feita.
“Já houve época que a ESPN não tinha possibilidade de fazer entrevistas exclusivas com jogadores do Flamengo. O motivo pelo qual não se conseguia isso eram os comentários de um jornalista que eles não gostavam. Isso já é o modus operandi do Flamengo há algum tempo. Agora, de modo mais escrachado e mais bizarro. Se o UOL publica a matéria e o Flamengo contesta, que o faça onde tem que fazer isso, seja na Justiça ou onde for”, disse no podcast Posse de Bola.
“Cercear o trabalho do jornalista que vai lá cobrir o dia a dia é bizarro. É a mesma coisa que o Eurico Miranda fazia com a ESPN e o Lance! na época. Rodolfo Landim e sua trupe se equiparam ao Eurico Miranda. O Eurico era mais claro na forma como se comunicava, era mais barulhento. O grande perigo para o Flamengo é viver com o Landim o que o São Paulo viveu com o Juvenal. Estica mandato, fica mais tempo e acaba subindo uma soberba grande”, completou.
Nota oficial do Flamengo
Desmentindo o que foi veiculado pelo UOL, o Flamengo lamentou a postura do veículo e tratou como “fake news” a matéria sobre a tragédia no CT. Diante disso, a diretoria, enquanto não houver um posicionamento admitindo o equívoco sobre a reportagem, seguirá barrando o portal.
“Esta decisão se deve ao fato de que foi esta mesma equipe do UOL, responsável pela cobertura diária do Flamengo, que produziu a matéria mentirosa e irresponsável, sem base em nenhuma prova documental e divorciada de todos os elementos de prova constantes do processo criminal sobre o incêndio no Ninho (…) O Flamengo, enquanto não houver a retratação e o reconhecimento de que a matéria foi infundada, não irá admitir a entrada e a permanência em suas dependências de uma equipe de jornalismo que produziu matéria “fake”, atacando, de forma irresponsável, a instituição Flamengo.“, afirmou o comunicado.
