O polêmico trote feito pelos jogadores do Palmeiras em 2017 com Roger Guedes se tornou assunto nesta semana. O atual camisa 10 do Corinthians relembrou o momento e mostrou insatisfação pelo ocorrido. O jornalista Menon, em sua coluna no Uol, avaliou o episódio e chamou de “tortura institucionalizada” o que foi feito com o atleta.
“Roger Guedes jogava no Palmeiras e se recusou a passar pelo ‘corredor polonês’, um castigo imposto pelos jogadores a quem ‘pisava na bola’ com os jogadores. Guedes deveria ser punido por haver abandonado a concentração em represália ao treinador Eduardo Batista, que o havia substituído”, explica ele sobre a situação.
Parte do elenco do Palmeiras foi atrás de Roger Guedes e decidiu “puni-lo” com as próprias mãos. Eles o amarraram no centro do campo de treinamento e, a partir daí, passaram a distribuir tapas e empurrões, além de jogar ovos no atacante.
“Mais de dez jogadores o derrubando no chão, pisando em sua cabeça, jogando ovo e farinha na sua cabeça e rosto. Um companheiro o imobiliza no chão, enquanto outros cometem as agressões. Felipe Melo, Zé Roberto e Jáílson, o goleiro, são os mais agressivos. Tudo é observado por Eduardo Batista e seus auxiliares”, prossegue dizendo Menon.
“Se Guedes errou com o clube, deveria ser punido pelo clube. E não por justiceiros vestindo a camisa do Palmeiras”, concluiu Menon.
Roger Guedes explica episódio
“O Eduardo Batista (treinador da época), um dia antes do jogo, me botou no banco e nem falou comigo. Eu era um dos melhores do time. Não me deve satisfação, mas eu não gostei. Era jovem. Liguei para meu empresário (Paulo Pitombeira) e falei: vou embora, não vou ficar no banco”, confessou Roger Guedes no podcast “Podpah”.
“No jogo e no outro dia me apresentei pra treinar. Eu fui burro também na época. Os jogadores no vestiário falaram que tinha que ter passado no corredorzinho. Eu quis ser ‘rebeldezinho’ e aconteceu tudo aquilo. Eles queriam quebrar ovo, farinha… Acabei acertando cotovelada em alguns, foi quando eles apelaram. Bateram forte. Depois eu queria matar todo mundo no vestiário. Os que bateram eu sei até hoje, quero que se f…, mas não sou rancoroso”, explicou o ex-Palmeiras.
Lateral-esquerdo Egídio relata trote
“O Guedes tinha vindo do Criciúma para o Palmeiras, estava com a gente e o Cuca estava dando a maior moral. Ele melhorou agora, a gente até se encontrou outro dia, ele está parecendo estar mais ‘na moral’. Porque ele era um moleque folgado!”, disse o ex-jogador do Palmeiras, em entrevista ao Charla Podcast.