O filho do ex-jogador Pelé, Edinho, teve duas solicitações realizadas junto à Justiça negadas nesta semana, em processos relacionados à herança do tricampeão mundial com a seleção brasileira. Em um dos pedidos, o herdeiro do Rei do Futebol se colocou à disposição de ser o inventariante, mas ouviu que esse encargo é de responsabilidade de outra pessoa.
A apuração feita pelo jornalista Diego Garcia, do UOL, e publicada em matéria nesta sexta-feira (24), dá conta de a juíza que acompanha o caso na 2ª Vara de Famílias e Sucessões, Suzana Pereira da Silva, concedeu essa prerrogativa à viúva, Márcia Aoki. A esposa que acompanhou o futebolista até os seus últimos momentos de vida terá então 15 dias para dizer se pretender assumir o papel.
“Não se pode nomear o filho como inventariante, salvo se a cônjuge sobrevivente não possuir interesse ou condições de assumir o encargo”, explicou a magistrada na sua decisão.
O inventariante é responsável por organizar e avaliar todos os bens do falecido, pagar dívidas e impostos pendentes e distribuir a herança de acordo com a vontade expressa no testamento ou, na ausência deste, de acordo com as leis de sucessão aplicáveis.
Edinho ainda teve outra solicitação negada pela Justiça. Em contato com as autoridades, o filho de Pelé argumentou que o caso poderia envolver pessoas ou veículos de imprensa mal-intencionados e, por isso, seria necessário o sigilo. A juíza recusou o pedido alegando que as informações são de interesse de possíveis credores ou herdeiros.
Pelé morreu aos 82 anos no final do ano passado depois de uma longa batalha contra o câncer no cólon. O seu velório foi realizado no estádio da Vila Belmiro, onde brilhou com a camisa do Santos, e recebeu, dentre várias personalidades do esporte, as presenças de Márcia e Edinho, que protagonizam agora a disputa judicial.